A interdisciplinaridade é uma realidade em nossa sociedade atual. Todas as profissões andam cobrando muito mais conhecimentos alheios a formação acadêmica original do agente trabalhador. Novas especialidades surgem por todos os cantos a cada disruptura pela qual passamos. Este movimento vivo pressiona o sistema educacional tradicional baseado em disciplinas isoladas, fazendo um chamamento para a renovação da grade curricular com um maior relacionamento entre as diversas matérias aplicadas em sala de aula.

Não que haja necessidade de eliminação da aplicação do conteúdo específico. As disciplinas devem até mesmo serem aprofundadas, e a transversalidade é um meio atrativo para este fim. Temos basicamente, no currículo escolar, as seguintes matérias: Ciências, Matemática, História, Geografia, Língua Portuguesa e Artes. Como exemplo de temas transversais que agregariam maiores conhecimentos a serem obtidos com alicerce nestas matérias básicas podemos elencar: Ética, Meio Ambiente, Saúde, Energia Limpa, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.

Uma das questões mais repetidas ao longo de muitos anos, passando de geração para geração, é aquela que se refere ao objetivo de estar estudando determinadas matérias. Para que serve isso? Onde irei usar o conteúdo desta aula em minha vida? Pois bem, através dos temas transversais é possível materializar situações mais próximas da realidade do aluno, tornando mais palpável o conteúdo aplicado em aula, e aproximando o sistema educacional de responder estes questionamentos históricos.

Os princípios básicos para orientação de criação e desenvolvimento de temas transversais são os seguintes: Corresponsabilidade pela vida social, Participação, Igualdade de Direitos, Dignidade da Pessoa Humana. Desta forma, a participação de todos os agentes sociais é convocada a participar ativamente do desenvolvimento destes temas. O sistema cartorário tende a dar lugar para um modo mais moderno e democrático de ensinar.

Autor: Arnold Gonçalves

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