Se as notícias falsas são danosas em qualquer situação, imagine o seu resultado em uma área tão sensível quanto a da saúde. Muitos são os casos de pessoas que acabam prejudicadas por seguirem informações equivocadas, perdendo até a vida pelo consumo inapropriado de um elemento ou o uso incorreto de um equipamento. Nestes tempos de informações fáceis provenientes das redes sociais e conteúdos postados na internet, muitos são aqueles que se lançam a ação sem antes confirmar a veracidade do conteúdo em outras fontes de consulta.
Os livros estão sendo abandonados, ou jogados nas fogueiras da inquisição moderna. A opinião dos mais velhos está ultrapassada, e o que dizem é quase sempre tido como coisa de quem está ficando “gagá”. O acesso aos médicos e profissionais da saúde é cada vez mais restrito: Devido ao alto custo de manutenção de um plano de saúde; devido as reformas trabalhistas que levam cada vez mais trabalhadores a não terem direito aos planos de saúde fornecidos pelo empregador; devido a engrenagem de saúde pública estar completamente enferrujada, não tendo capacidade de suprir as necessidades básicas da população.
O que resta é acreditar nas informações obtidas pela internet. Uma geração tão preparada e inteligente, caindo na armadilha da notícia falsa. Talvez o grande pecado de nossa geração seja o imediatismo. Não conseguimos esperar mais que alguns segundos. Não temos a curiosidade de obter uma segunda versão sobre o mesmo assunto. Não damos oportunidade para um interlocutor apresentar seu ponto de vista. Temos a certeza de estarmos sempre certos a respeito de qualquer assunto que nos interesse. Desse modo, fica fácil entender porque as fake news se propagam rapidamente.
Autor: Arnold Gonçalves
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