TEMA

Catástrofe (e o amor).

Uma professora de origem humilde, nascida em cidade mediana do interior mineiro. Estudou Pedagogia para ter uma profissão com a qual pudesse trabalhar com as pessoas que lhe agradava, as crianças. Foi exercer sua profissão em uma escola de Janaúba, um pouco mais ao norte, um pouco mais ao interior, teoricamente mais tranquila.

Muito mais perto dali, surgiu um cidadão comum. Sempre pela região, como figura pacífica e solidária. Ingressou como servidor municipal da vigilância pública, e por quase dez anos esteve sempre a dispor para qualquer necessidade da população. Acabou sendo destacado para proteger uma creche municipal.

Uma escola em chamas. Um maluco assassino suicida. Vários alunos desesperados. Uma professora heroína e suas duas companheiras de luta. Numa cidade pequena, aparentemente pacata. Ninguém iria pensar que por ali pudesse ocorrer tal catástrofe. As vezes nos perguntamos qual o motivo de acontecer naquele lugar, naquele momento. Mas não há respostas para estes mistérios.

Gente inocente. Quer nome mais apropriado para a creche onde aquelas dez crianças pereceram? Como foi possível este homem chegar ao poder da segurança? O destino? O demônio? Mas se o ruim existe, o bom também. E Heley de Abreu Silva Batista estava ali para salvar muito mais crianças do que o louco foi capaz de matar.

Muitas vezes emerge da desgraça o AMOR. Quase sempre temos grandes exemplos de humanidade em meio ao caos. Quem dera estes exemplos fossem capazes de se fazerem multiplicar sem o elemento catastrófico. E no cotidiano diário vermos com mais frequência as pessoas serem verdadeiramente humanas, fazendo o bem, de modo que este deixe de ser tão somente um ato de heroísmo.

Autor: Arnold Gonçalves


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