É a denominação popular para o curso superior de formação de Engenheiro Agrônomo. Muitas são as atividades compreendidas por este profissional, mas pode ser resumida simplesmente em garantir a presença do alimento na mesa de todos os habitantes deste imenso país. E para isso poderá manusear o solo, as plantas, os animais, e toda a malha tecnológica que existe e vem surgindo por aí.
Segundo o currículo do curso de agronomia, ao final do curso, o formando terá adquirido muitas competências e habilidades: Projetar, coordenar, analisar, localizar, assessorar, supervisionar, especificar, aplicar, controlar, realizar, avaliar, responsabilizar, respeitar, promover, recuperar, usar, sustentar, atuar, gerenciar, organizar, interagir, influenciar, decidir, gerir, produzir, conservar, comercializar, participar, exercer, pesquisar, enfrentar, desafiar, transformar, adaptar... Parabéns! Ao agrônomo, quase tudo será permitido. Ele participa de quase todos os processos da cadeia alimentar.
Tamanha amplitude implica em não menor responsabilidade. Será muito fácil, e gratificante financeiramente, envolver-se com as camadas empresariais produtoras de bens através da utilização de produtos tóxicos, proibidos e danificadores do meio ambiente. O agrônomo não pode e não deve ser inimigo da natureza, mesmo que esta seja em muitos momentos uma antagonista aos seus desejos de sucesso.
Pode alguém questionar sobre o porque desta evidência toda que o agrônomo vem adquirindo progressivamente. Não há dúvidas de que os velhos agricultores eram capazes de produzir de quase tudo, mas o mundo mudou e quase ninguém mais quer manter-se na área rural. A mecanização da agricultura é irreversível, e a transformação de um meio de vida para um simples negócio é resultado fatal. O agrônomo passa a ser quase que uma extensão do olhar deste novo agricultor-empresário, e tal qual no comércio e na indústria, o objetivo passa a ser atingir o máximo de lucro possível.
Autor: Arnold Gonçalves
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