É uma sequência natural da evolução humana, não havendo como evitar a transformação. Notamos estas mudanças quase que imperceptivelmente através de nosso impreciso entendimento quanto ao que ocorre em nosso redor. Quando a modernidade surgiu, também foi assim, e os viventes dos século XVI ao XVIII, em sua grande maioria morreram sem nem ao menos perceberem as mudanças acontecendo. Note que o caminho da modernidade foi bem mais longo e sutil do que o caminho que presenciamos rumo ao pós-modernismo. E é está, justamente, uma de suas maiores características.
Tomando por exemplo o transporte; enquanto que no modernismo as grandes alterações culminaram com a introdução do avião a jato, que atingia velocidades próximas a velocidade do som. O transporte no pós-modernismo é quase que imediato; você clica aqui, ele recebe lá. Praticamente não há mais barreiras de interação, salvo aquelas promovidas pelos órgãos de controle. No mundo moderno, o bem de consumo e sua comercialização era a moeda básica, no pós-moderno, é a informação e o seu manuseio com vistas ao lucro.
O conceito raiz do capitalismo permanece intacto nestes novos tempos, e o lucro ainda é o principal objetivo. Ocorre que ao adentrarmos esta nova era, temos novamente a chance de realizar aquele velho sonho: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Que, infelizmente, não se realizou a contento durante estes séculos de mundo moderno. É fato provável que estejamos entrando em uma situação ainda mais constrangedora para usarmos a expressão humanidade, mas, assim como todas as pessoas possam ser manipuladas como sendo uma, através da globalização. Também estas pessoas unidas podem romper as amarras meramente capitalistas e gerar uma nova paisagem social para este mundo.
Mega empresas virtuais, mercado de capitais, grandes grupos de investimentos, big data, nuvens, bitcoins, massificação, especulação, manipulação, bolha, fakenews, imediatismo, robótica, inteligência artificial, informática quântica, virtualização humana, fabricação por demanda, impressões 3d, cirurgias à distância, etc. Tantas expressões associadas ao pós-modernismo, mas poucas voltadas para o ser humano enquanto ser único e vivente. Será o fim do homem biológico?
Autor: Arnold Gonçalves
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