A responsabilidade social é alvo de pesquisa para as mais diversas áreas do conhecimento humano, como; sociologia, antropologia, educação, filosofia, administração, comunicação, direito, e outros que tenham interesse no processo de doutrinação das pessoas para o mercado de consumo. Está claro que toda e qualquer ação empresarial visa única e exclusivamente o lucro, mesmo que venha maquiada através de um contexto de magia e com a proposição de evolução humanitária.
Existe uma crescente e irreversível tendência social pela preservação do meio ambiente, bem como sobre a retirada de elementos tóxicos dos processos agrícolas e industriais que resultam nos bens de consumo. As empresas, não tendo mais como represar estes anseios, passaram a seguir junto com a corrente colocando-se como autoras principais deste processo de evolução. Sendo assim, em jogadas brilhantes de marketing, colocam-se a frente da sociedade rumo a este ideal, como se sua razão de existir fosse muito mais do que acumular dinheiro.
As empresas, obrigadas a mudar para atender as tendências, assimilam um pouco destas ideias e passam a questionar timidamente a respeito de temas como ética e moral. A exploração ampla e irrestrita de seus funcionários, fornecedores e clientes; já não é mais aceita pela sociedade e pode servir de munição para a concorrência. Este perigo de eliminação do mercado causa a docilidade de muitos empresários historicamente marcados pelo total desprezo para com o ser humano.
Não existe nada mais democrático do que o passar do tempo. Ele avançará para todos; empresas ou pessoas; cedo ou tarde. O futuro nos reserva uma nova geração de empresários e consumidores, onde a responsabilidade social será mais um elemento natural da configuração de uma empresa, assim como é a contabilidade, cobrança ou departamento de pessoal. E neste ponto evolutivo não haverá necessidade de disfarces, o lucro certamente não será abolido, é a razão de viver de uma empresa.
Autor: Arnold Gonçalves
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