TEMA

Meritocracia.

Para cada ponto de vista há uma definição do que seja fruto do merecimento. O agente colocado na posição de superioridade tende a entender meritocracia como o prêmio possível para aquele que fez seu trabalho além do que lhe foi proposto, mas necessariamente com resultado positivo também superior ao esperado. Já o subordinado não entende assim, para ele pouco importa o resultado obtido, mas sim o seu esforço realizado além da conta. Mas não fica só na questão do esforço, pois quem já está a muito tempo numa mesma função julga ser direito adquirido a prioridade em relação a qualquer ascenção que venha ocorrer. Outros entendem que promoções tenham que ser definidas através de provas e concursos, pelas quais sejam premiados os que sabem mais, pois merecem mais. Mas quem vai mal nestes questionários retruca dizendo que fazer prova não resolve nada, já que na hora do trabalho para valer não conseguem resolver e sobra para os que tem experiência e destreza para solucionar os problemas diários, e são estes quem deve subir. Os voltados para o meio acadêmico entendem que quanto mais especialização melhor, e que para crescer é necessário estudo e formação; quanto mais doutorado e mestrado, maior o direito a crescer numa instituição. Há aqueles que querem decidir tudo pelo voto, através da democracia, já que se baseiam na popularidade para crescer. Bem relacionados a estes, vemos os especialistas em comunicações, são amigos de todos, mais precisamente, dos chefes e dos que se encontram em posições estratégicas, para estes, o que vale é a indicação.

Como vemos, a meritocracia é uma ciência, são variadas possibilidades que refletem diante dos que detém o poder transitório da definição quanto ao futuro de seus iguais em situação de inferioridade. Uma relação inevitável de opressor e oprimido, onde a grande maioria sonha um dia em ser o primeiro, muitas vezes por questão de sobrevivência, mas ocorre de ser prazer, ser obstinação chegar ao poder. Falsa sensação de ser Deus, ascenção, superioridade, este é o entendimento comum de ter mérito. Não há padronização para se obter o mérito em quase a totalidade das instituições, e por ser uma ciência pouco explorada, talvez num futuro próximo tenhamos regras mais claras a respeito do que fazer para atingir tal conceito. Por hora vamos vivendo num mundo de emoção, nada cientifica, muito longe da razão que deve pautar este assunto.

Autor: Arnold Gonçalves


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