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A importância do Brasil na segunda guerra mundial

Não há dúvidas de que o Brasil foi um simples coadjuvante neste conflito tão sanguinário, e, enquanto civis brasileiros, devemos erguer as mãos aos céus e agradecer veementemente por assim ter sido. Se a história fosse outra, estaríamos amargando até os dias atuais, os reflexos danosos da guerra, muito mais do que os demais países envolvidos, pois pelas bandas de cá tudo parece progredir de forma lenta e descontinuada.

Muitas controvérsias existem quanto a importância da participação brasileira na segunda grande guerra mundial e mais ainda sobre o desempenho de nossas forças armadas. Uma corrente descreve o soldado brasileiro como banguela, analfabeto e despreparado; outra o apresenta como parte de um grupo coeso e vencedor, libertando a população italiana das garras nazistas. Em quem acreditar?

Penso que nos dois, pois não a muito tempo o Brasil era chamado de país dos banguelas, o analfabetismo persiste até os nossos tempos, e o despreparo do profissional brasileiro ainda é relativamente comum, visto que vemos constantemente matérias na mídia tratando sobre vagas de trabalho especificas sempre em busca de serem preenchidas. Estas características não impedem que o desempenho tenha sido louvável, pois o brasileiro é altamente adaptável e desde sempre convive com situações de extrema dificuldade para sobreviver. Desta forma é perfeitamente viável, que mesmo desdentado e com recursos inapropriados, o soldado brasileiro tenha posto os nazistas para correr.

Não é segredo que o governo brasileiro tinha um forte laço econômico com a Alemanha às vésperas do início da guerra, tão forte que superava aos mantidos com os norte-americanos. Ideais nazistas e fascistas proliferavam, principalmente ao sul de nosso país, e o próprio presidente Getúlio Vargas nutria um certo fascínio pelo fascismo. Apesar disso manteve-se neutro diante da guerra por um bom tempo, mas logo percebeu qual rumo tomar para se manter ao lado vencedor.

Havia por aqui o interesse de atualizar as forças armadas, mas isto ia contra os interesses dos Estados Unidos, e por um momento o Brasil flertou com o Eixo. Os norte-americanos amenizaram o problema injetando recursos financeiros em nosso país. Inicialmente o Brasil serviu de base para reabastecimento de naves marinhas britânicas, mas os norte-americanos queriam mais, e exigiram a participação brasileira ao seu lado após o ataque japonês ao seu território. Para isso, as forças armadas brasileiras foram minimamente aperfeiçoadas a ponto de poderem entrar em batalha, mas não com capacidade de uma possível afronta futura aos norte-americanos.

Assim, o hemisfério sul ficou sob o comando militar absoluto dos norte-americanos, restringindo os espaços de ação das naves dos países do eixo, e o Brasil correspondia a um importante espaço dentro deste hemisfério, sobretudo nas áreas de nossa região nordeste.

Autor: Arnold Gonçalves


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