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Educação corporativa e Ead

Gosto sempre de começar por uma definição “oficial”, aquela socialmente correta para os nossos tempos:
Educação corporativa pode ser definida como uma prática coordenada de gestão de pessoas e de conhecimento tendo como orientação a estratégia de longo prazo de uma organização. É mais do que treinamento empresarial ou qualificação de mão-de-obra. Trata-se de articular coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa. Nesse sentido, práticas de educação corporativa estão intrinsecamente relacionadas ao processo de inovação nas empresas e ao aumento da competitividade de seus produtos.
Fica bem claro que a educação corporativa é uma forma ainda tímida, mas que será cada vez mais usada pelas corporações para “formatar’ os seus funcionários. O governo agradece, pois terá cada vez menos a necessidade de oferecer cursos de aperfeiçoamento. A empresa agradece, porque poderá moldar a consciência de sua massa trabalhadora rumo ao objetivo que determinar; é a consciência corporativa sobrepujando a consciência do individuo. O funcionário agradece, pois a cada curso sente sua estabilidade aumentada por estar cada vez anexado ao organismo. Não é novidade o pensamento coletivo sobrepor-se ao individual, afinal, somos seres sociáveis. O novo aqui é que teremos um pensamento coletivo moldado totalmente pelos interesses econômicos. Isso me faz lembrar Charles Chaplin em seu brilhante Tempos Modernos... Se ele imaginasse que iriam chegar a esse ponto...
A EAD é a modalidade de educacional onde ato de ensinar se dá em lugar e tempo diferentes do ato aprender; ou seja, na EAD o aluno está separado fisicamente de sue professor e dos seus colegas e faz uso de meios de comunicação e da tecnologia para interagir com o professor e com os seus colegas.
Pensado para resolver o problema dos estudantes que residem em regiões distantes dos grandes centros, foi rapidamente adotada por diversos outros seguimentos sociais. Posso numerar alguns motivos que levaram a população de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, mesmo tendo as melhores universidades em seu território, adotar o EAD. O problema da segurança, o cidadão tem dificuldade de voltar para casa após as 22:00, em alguns lugares, até antes. O deslocamento nas megas cidades vem se tornando inviável em muitos horários. Muitos trabalham em horários alternativos, como a madrugada. Aliado as necessidades da população, está acontecendo uma revolução tecnológica que favorece o crescimento do modelo EAD. Vejo aqui um futuro cada vez mais grandioso para este modelo. Mas, como no Brasil tudo que é bom logo vai sendo distorcido para o lado ruim, já vemos falsas faculdades oferecendo cursos; verdadeiras faculdades oferecendo cursos não autorizados; cursos que não terminam, ou são de péssima qualidade; alunos que querem somente obter diplomas; corrupções de toda espécie; parou. Agora vou desdizer o que disse antes. Acho que o futuro do EAD não vai ser tão grandioso assim.

Autor: Arnold Gonçalves


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