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Um cara namorava uma menina, ambos se amavam muito, mas ele era galinha e ela sempre dizia que nunca o perdoaria se ela descobrisse que ele tinha outra. Até que chegou o dia em que ela descobriu e disse para que ele fosse embora e que só o perdoaria quando estivesse a beira da morte. A partir daí ele ficou atrás dela por muito tempo e ela manteve sua intransigência, mesmo sem ter ficado com nenhum namorado fixo. Cerca de um ano de tentativas e nada, foi quando surgiu uma oportunidade de emprego em Manaus e ele foi para lá pensando que a distância iria acabar com sua dor. Antes, porém, insistiu para que um amigo comum continuasse a batalha para que ela o aceitasse de volta. Este amigo fez justamente o contrário, fazendo a cabeça dela contra o ex namorado e mostrando como ele era realmente um grande companheiro.
Até que conseguiu êxito e em um ano resolveram se casar. Só para judiar, ela escreveu uma carta e mandou junto com o convite de casamento para Manaus. Nesta carta ela descrevia toda a sua boa situação e agradecia por ele ter sido o cúpido (o ex namorado não sabia de nada); dizia ainda que o aguardava para ser o padrinho. Em Manaus, após receber a carta o ex namorado passou mal e acabou tendo uma úlcera no estômago de tanto nervoso. Ficou bem ruim e acabou voltando para o Rio onde continuou o tratamento. Ligou para ela (já casada) dizendo que estava de volta com uma doença muito grave (câncer), e que queria vê-la uma última vez. No encontro conseguiu convencê-la de que ela devia perdão a ele como havia jurado. Após um enlace sentimental ela acabou cedendo e indo para a cama com ele. Após uma série de vezes, ele não tendo mais como esconder a farsa, disse a ela que na verdade os médicos se enganaram e que a doença era uma úlcera muito grave. Fez de tudo para convencer a perplexa moça que aquilo era a força do destino, e que por isso eles deviam ficar juntos. Após longa jornada de fugas e cargas de consciência, ela percebeu que estava intimamente ligada com os dois e acabou casada com o amigo e amante do ex namorado.
Autor: Arnold Gonçalves
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