Amor não perecível

Autor: Carlos Roberto de Souza

Contato: machadocultural@gmail.com

A vida é ferida
A todo o momento
Quanto tormento, coisa terrível!
Ouço a TV: “Doe alimentos, doe alimentos!”
Não perecível.

Fico a pensar:
E o amor que é preciso doar
Tão esquecido...
Quantos querem receber
Muito mais que alimento,
AMOR, não perecível.

Tu me perguntas: faz sentido, amor não perecível?
Não hesito tão certo estou
Sim, desde sempre e para sempre
Como, Quem o É e criou.

Existem amores e amores
Apaixonantes, inebriantes, eloqüentes,
Vividos e platônicos
Maduros ou inocentes
No entanto, tão poucos sobreviventes.

À primeira vista pode nascer
Ir crescendo, florescer
Atravessar fronteiras, vencer barreiras
Mas, num repente, evanescer...

Amores tão lindos, de novela
Amores sofridos, não correspondidos
Amores precoces, tão doces
Amores humanos, apenas...

Muitos perecem, que pena!
Por quase nada, às vezes,
Quase sem querer
Quão frágeis que são
Amores do coração.

(poesia classificada em 1° lugar do VII Concurso Plínio Motta de Poesias 2010 / categoria II)


Poesia anterior

Poesia anterior

Próxima poesia

Próxima poesia