Começar de novo - Capítulo 3

Autor: Valdir Sales Pitombeira Filho

Contato: valdirsalespitombeirafilho@hotmail.com

Lealdo ficava tenso com a indagação de Breno.
- Você não está falando sério? Ou está?
- Claro que não! O que pensas, que eu sou um assassino?
- É que você me pareceu tão sério, mas o que você pretende fazer?
- Eu tenho um plano. - Breno vai ao interfone. - Gessica. Você já preparou a ficha do senhor Luan. Exatamente o que se matou. Eu quero agora... isso, traga a minha sala imediatamente.
- O que você está pensando em fazer?
- Como dizia um provérbio Chinês o homem só é bom até que se prove o contrário. Se esse Paulo faz tanta questão de dar um exemplo, em vingar a morte do pai, pois então, eu quero ver se ele fará justiça, contra eles mesmo... vamos ver até onde vai a justiça dele, dependerá a sua própria existência.
NUM BAR QUALQUER
Eleildes e Paulo conversam enquanto tomam um suco.
- Aqui estão os nomes de alguns clientes que tiveram o mesmo problema do seu pai, foram impedidos de continuar o tratamento por estarem com doenças terminais.
- Você trabalha nessa empresa, isso não é uma traição?
- Não! Eu sei que esse é a claúsula principal da empresa, mas eu não concordo com a maneira que o Breno age nesses casos, se eu conseguir provar ao Otto, que esse processo depende exclusivamente das atitudes arbitrárias dele, ele está ferrado, seu pai foi uma vítima dele... e não podemos deixar isso impune.
- E o que eu ganho com isso?
- Uma boa indenização. E honra a morte do seu pai, em contra partida eu ganho pontos com o Otto, mostrando a ele que as atitudes de Breno só prejudicam a empresa, se o Otto pensar que todas essas pessoas vão entrar na justiça contra a empresa e que será uma fortuna pagar por todas essas indenizações, certamente a credibilidade de Breno caíra por terra e aí eu entro como a salvadora da pátria. Consigo um acordo favorável, mostrando qual e a diferença entre a gestão dele e da minha.
- Então você está me usando. Um engodo para enganar seu chefe.
- É por uma boa causa. Você recebe o que tem de direito e Breno, deixa o cargo de vice presidente. Todos nós sairemos ganhando. Não concorda.
- Esse Breno não me parece um homem de temer ameaças, ele mesmo foi a casa da minha mãe e a chantageou, se ela não tirasse a queixa ele iria protestar a hipotéca da casa.
- Eu sei os meios que o Breno usa, para conseguir o que deseja, mais eu tenho meus meios. O Otto acredita muito nele, na capacidade dele, mas quando eu mostrar que essa capacidade irá desfalcar a empresa em milhões, certamente essa credibilidade ira acabar... eu não posso chegar nessas famílias, que certamente estão sendo chantageadas por ele, mas você não... você teve uma vítima na família, eles acreditarão em você.
- Eu serei uma espécie de bode expiatório?
- Digamos que o salvador da pátria. Então aceita trabalhar comigo, você recebe uma boa grana. Paga a hipotéca da casa da sua mãe e eu destruo de uma vez esse Breno... é pegar ou largar ___ Eleildes dá a mão a Paulo, para confirmar a parceria.
VOLTANDO A SALA DE BRENO
Ele estava em seu computador, checando toda a fica de Paulo, a cada passo que ele ler, ele tem certeza que terá um trunfo nas mãos para impedir que ele entre na justiça contra a empresa, a cada passo que ele ler, seu semblante se mostra animado.
- Alguém lá em cima gosta de mim. - Começa a rir. - Dessa vez Paulo, você não tem como escapar de mim. - Breno pega o palito e sai apressado.
CORTA PARA
Casa de Laura, ela estava costurando, quando ouve bater a porta, ela levanta-se e vai a porta.
- Pois não. - Se assusta com Breno. - O senhor aqui. De novo. Eu já não prometi que não faria nada contra a sua empresa.
- A senhora me dá um minuto de sua atenção?
- Já falamos tudo o que tínhamos para falar. Saia por favor
Nisso Paulo aparece na sala.
- Mas o que você está fazendo aqui?
- Que ótimo que nos encontramos, é com você mesmo que eu quero falar
- Eu não tenho nada a falar com você, só nos falamos nos tribunais.
- Se eu fosse você me ouvia, ou então, você nunca mais verá seus filhos, eles moram com a mãe na Austrália não é. Paulo para.
- Como você sabe disso?
- Você vai ou não me ouvir... se eu fosse você me ouvia. Acho que eu tenho uma ótima proposta para vocês.
MINUTOS DEPOIS
Paulo estava cabisbaixo. Falava de sua vida, ao seu lado estava Laura e Breno.
- Tem 5 anos, que eu não vejo meus filhos... desde que eu me saparei da minha esposa, ela foi para a Austrália e... nunca mais deu notícias, eu procurei tanto, fui lá e nada, como você conseguiu isso.
- Eu tenho os meus meios... bem a proposta é simples, vocês desistem da ação... e eu te coloco amanhã mesmo num jatinho da empresa e te levo a onde estão seus filhos. E além do mais... te consigo uma equipe de advogados, que irão dar a guarda deles a você... é uma troca justa... ou não?
Paulo se levanta, olha para a mãe... pega o porta retrato dos filhos que estava em cima de um móvel na sala.
- Eu tenho tanta saudades deles.
- Filho ___Laura se aproxima ___ Eu Acho que você deveria aceitar, você já gastou tanto dinheiro atrás deles e nunca conseguiu nada, agora que você tem a chance de reaver seus filhos e pode ter a guarda deles...___ Laura vira-se para Breno ___ Infelizmente não temos como ir de encontro a eles, eles são poderosos demais.
- Se eu fosse você ouviria a sua mãe... ela está certa, esse processo se arrastará por anos... isso com a plena certeza que iríamos ganhar, temos os melhores advogados que o dinheiro pode pagar... mas estamos disposto a disponibilizá-los para ajudar você a ter seus filhos, aqui perto de vocês... além do mais... você ganhará uma boa quantia para ajudar na educação deles... é pegar ou largar? ___ Breno fica em pé... Paulo olha a foto dos filhos.
MINUTOS DEPOIS
Paulo assinava um documento junto com um dos advogados da empresa, depois passa para a sua mãe que também assina.
- Ótimo... é assim que se faz! Com esse documento, vocês inocentam a empresa de qualquer danos que veio a acontecer com a morte de seu esposo, em contra partida, amanhã mesmo eu vou disponibilizar um dos nossos jatos para que possam ir à Austrália e resgatar seus filhos, inclusive o nosso advogado já está a par de tudo e irá lhe instruir no processo de guarda.
- Eu lamento muito meu pai...___Paulo diz isso a foto dele na parede, depois ele vira para Breno ___ Eu não vou te agradecer por isso, mas eu vou te dar um conselho, você conseguiu mais uma vez... agora eu não estou sozinho nessa guerra há gente que quer e vai ter a sua cabeça... gente do seu próprio escritório. Bem mais próximo do que você imagina, gente tão esperta quanto você.
- Não se preocupe....eu sei me cuidar muito bem.. mas agora, me deem licença, eu tenho um jantar com a minha noiva... passar bem... e tenha uma boa viagem de encontro a seus filhos.
DO LADO DE FORA
Breno entra no carro, estava satisfeito, mas com uma pulga atrás da orelha com o que Paulo havia lhe dito.
- Quem será... eu preciso descobrir... o quanto antes __Breno liga o carro e sai. Antes pega o celular e liga, espera um pouco e atende.
- Meu amor! ___ do outro lado Viviane.
- Almoçar!!! Hoje... onde?... claro que eu aceito... amor você não sabe o que eu fiz hoje, vi uns bolos que vão abalar o nosso casamento... sabe, tem um...
- Vivi ___ Interrompi ___ A noite tá... a noite você me conta... eu passo as nove para te pegar... um beijo ___ desliga ___Esse jantar promete ___Liga o carro e sai.
NA CASA DE ELEILDES
Ela nervosa atendia ao telefone.
- Como não vai mais me ajudar? O que aconteceu? Foi o Breno não foi? Paulo é a sua chance de ganhar uma grana preta... mas me diga o que aconteceu? Paulo... Paulo... Paulo... droga desligou... ah que ódio, Breno venceu mais uma vez... droga! ah mas amanhã... amanhã Breno... o seu reinado vai acabar. Ah se vai.
NUM RESTAURANTE
Viviane fica admirada com o anel que Breno acabara de lhe dar.
- Mas é muito bonito meu amor.
- Eu sabia que você ia gostar
- Você sempre me surpreende.
- Você não viu nada meu amor... nada. ___Os dois se beijam enquanto jantam num restaurante.____ então estou perdoado?
- Não sei... vou pensar. Ah Breno.. você trabalha demais, nunca tem tempo pra gente, nós vamos nos casar, e eu queria tanto escolher as coisas com você e a gente não escolheu ainda os moveis... Meu Deus!! ___Ela grita histérica. Breno se assusta.
- O que foi amor?
- Esqueci!!! Como eu poderia escrever... o bolo... eu tinha que ir ver o bolo, um casamento sem bolo não é casamento, onde eu estava com a cabeça. Tá vendo, sem você eu esqueço as coisas mais importantes, casamento sem bolo é como ir a Roma e não ver o Papa. Você não acha? Olhe eu vi umas revistas, menino! Você precisa ver os modelos, tem um, sabe, como cascatas ___ Viviane começa a falar sem parar e Breno fica impaciente.
HORAS DEPOIS:
A porta abre e entra Breno, ele joga o palito sobre o sofá, tira a gravata, e vai ao mini bar, e se serve, depois senta-se no sofá, jogando os sapatos, respira fundo, o seu dia tinha sido bem complicado, mas o silêncio é interrompido.
- Pensei que ia passar a noite com a noivinha.
Breno vira-se, Brunelly estava apenas de roupão com uma taça de champanhe nas mãos.
- Eu não esperava você aqui. Como entrou?
- Esqueceu que eu tenho as chaves?
- E o Adam?
- Hoje é o dia de folga dele... eu preparei a banheira pra gente... com sais e tudo que a gente merece, então... vamos...
- Eu acho que estou realmente precisando de um bom banho.
- Eu sabia meu amor ___ Ela o envolve em seus braços e lhe dar um beijo ___Tá vendo. Eu sou a mulher ideal pra você e não aquela sem graças da Viviane. Você não acha?
- O que eu acho é que esse assunto não te pertence __Ele se afasta indo para o outro lado da sala ___você sabe muito bem, que o meu envolvimento com ela é apenas negócios. Negócios, nada mais do que isso.
- Se eu fosse rica como ela... teria uma chance?
- Rica você é... Viviane é milionária, a única herdeira do grupo Otto Maldonatto... sabe o que significa isso? Centenas de filiais espalhadas pelo mundo, duas redes de Tv, uma empresa aérea com mais de 90 Boeings... e uma fortuna... essa!!! Então... essa é sim é a razão com que eu estou pensando.
- Então você não me ama?
- O que você quer? Que eu abandone essa fortuna por você. Meu amor__Ele se aproxima e lhe dá um rapido beijo ___ Eu sou um homem prático... aliás, você deveria saber disso, nós estamos tão bem assim... para que complicar hein?
- Eu não nasci para ser a outra Breno....
- Você sabia desde do inicio que seria assim... mas é por pouco tempo... assim que eu herdar a presidência e me manter casado com ela por três anos, recebo a minha parte do acordo pré nupcial e aí serei livre... livre para você.
- Você está falando sério...
- Claro que sim! Claro ___Breno abraça, mas seus olhos estavam fixos no nada ___ Vamos tomar esse banho enfim.
- Só se for agora ___Os dois correm para o banheiro.
NA MANSÃO.
Dora estava na piscina, tomando champanhe... quando aparece Viviane radiante, mostrando o anel.
- Mami... Mami... veja... veja o que meu noivo me deu? ___ Mostra o anel.
- Nossa filha!! Que lindo!! E caro.
- Claro mamãe, você acha que meu noivo ia me dar coisa barata, ele tem um bom gosto... além do mais... ele não seria louco de me dar qualquer coisa, ele sabe que eu conheço jóias e as caras então... ah mamãe eu estou tão feliz, eu sei que ele é o homem da minha vida... eu sei disso.
- Ah filha, eu queria tanto acreditar nisso.
- Ah mamãe a senhora nunca aceitou o Breno, eu não entendo. Ele é o vice presidente do grupo, braço direito de papai... que mais a senhora quer?
- Não confio nele... só isso... mas se ele te faz feliz... oh filha eu tenho mais é que agradecer a Deus por isso.
- Ah mamãe... eu sei... tenho certeza que ele me fará muito feliz, sem falar no casamento... ah mamãe... vai ser o casamento do ano... ah se vai!!!___ Viviane dá voltas mostrando o anel.
NO APARTAMENTO DE ELEILDES
Ela estava ansiosa, andando de um lado a outra, usava um roupão preto e tomava um uísque, olhava intensamente o relógio toca a campainha ela se apressa e abre a porta.
- Ainda bem que você veio... pensei que havia esquecido o nosso encontro.
Eleildes fica na porta olhando o convidado misterioso.
NO OUTRO DIA
Breno acordava em sua cama... estava sozinho... ele olha o relógio, depois liga a ducha e toma um banho, já na mesa Adam lhe servia o café.
- Bom dia Senhor... teve uma boa noite?
- Dormi como um rei... pegue meus jornais sim.
- Claro senhor... é só um instante. ___Adam sai... Breno saboreia um morango na suntuosa mesa.
ENQUANTO ISSO
Um Boeing 737 decola do aeroporto, em umas das poltronas, Eleildes estava lendo um jornal enquanto tomava um café... estava ansiosa, olhava da janela a bela vista... minutos depois o Boeing toca o solo na pequena cidade de Smaltown... segurando uma valisa, Eleildes passa pelas portas do desembarque, e entra num carro alugado.
PRÓXIMO DALI
O carro de Eleilde passa bem devagar, ela observa a casa e as crianças brincando nos jardins, ela estaciona seu carro e desce. Cautelosa ela tira algumas fotos. depois entra na casa seguindo direto ao balcão.
- Bom dia... a Senhorita Luciana, por favor! ___Eleildes fica esperando a chegada de Luciana, enquanto observa um mural com informações e fotos da ONG... enquanto observa, não percebe que Luciana se aproximava.
- Pois não... em que posso ajuda-la?
Eleildes se vira e observa Luciana de cima a baixo.
- Luciana Palmer?
- Sim sou... em que posso ajudar?
- Eu liguei ontem e falei com você, eu trabalho numa empresa que se interessa muito por projetos sociais, eu marquei que viria hoje.
- Ah claro... vamos entrar, seja bem vinda... vamos ao meu escritório as duas saem em direção ao escritório de Luciana.
ENQUANTO ISSO NAS EMPRESAS DE OTTO.
- Como viajou... nós tínhamos uma reunião importante hoje?__ Otto fica furioso ___ ela nem se quer me avisou?
- Parece que é assunto particular seu Otto. ___Explicava Gessica.
- Ela me avisou, mas eu pensei que você soubesse Otto __Lealdo intervém na conversa ___Se eu soubesse teria lhe dito.
- Tudo bem, só estranhei um pouco a Eleildes nunca foi de se ausentar da empresa... eu até pensei que ela não tivesse família... bem... deixe para lá... e o Breno?
- Ele ainda não chegou senhor. Mas eu posso ligar para ele.
- Não precisa não dona Gessica... Ainda temos tempo a reunião só é as dez... até lá ele chega... eu vou para minha sala... assim que os membros chegarem, me avisem sim ___Otto sai... fica Lealdo e Gessica.
- Você esta sabendo para onde ela foi?
- Eu imagina! Claro que não senhor Lealdo... logo eu... dona Eleildes é tão fechada nesses assuntos... bem eu vou preparar a sala de reuniões... sim... com sua licença ___Gessica sai apressada, Lealdo fica.
NO AEROPORTO
Paulo estava esperando o voo, quando chega Breno.
- Como eu havia combinado. O seu voo sai em dez minutos.
- Eu agradeço o senhor.
- Não me agradeça, temos um acordo, e espero realmente que o senhor cumpra... porque se não... você perde seus filhos para sempre. Entendeu?
- Sim senhor... pode deixar, tudo que eu mais quero é ter meus filhos, eu prometo que cumprirei o acordo.
- Acho bom, eu não gosto que descumpram meus acordos, e lembre-se de uma coisa, eu sou muito bom quando eu quero, mais eu sei ser um cão quando descumprem meus acordos, não queira me ver como seu inimigo. Porque eu acabo com você, fui claro!! ___ Breno coloca os óculos escuros e sai, Paulo fica apreensivo.
JÁ NO CARRO
Breno entra no carro apressado.
- Para empresa Franklim... Rápido sim...
- Sim senhor...
- Só espero que ele realmente cumpra o que prometeu ___Breno pega o celular ___ Jurandir sou eu... o cara já embarcou... isso... você sabe o que fazer? Isso... eu quero que ele fique o mais tempo possível na Austrália... isso... como combinamos... eu não confio nele, isso... o quanto mais ele permanecer lá é melhor... quanto aos filhos? ___Breno sorrir ___Idiota! Acha realmente que vai encontrar os filhos, a essa altura a mãe dos bastardos estará bem longe de Sidney... e até o Paulo encontrá-lo, eu ganho tempo, claro que eu sei onde eles estão... eu não sou idiota, eu convenci a ela a deixar a cidade, em troca de uma boa quantia, ela aceitou é claro! Ela nunca quis contato com o marido dela, portanto ganhamos tempo. Ok... qualquer coisa me avise tá... ___Desliga ___Eu sempre venço... sempre.
Breno sorri enquanto se dirige ao escritório, enquanto isso dentro do avião Jurandir estava atrás da poltrona de Paulo e ele nem percebia.
EM SMALLTOWN
Luciana mostra as instalações da ONG para Eleildes que anotava tudo, minutos depois elas conversam num restaurante.
- Eu estou admirada, é inacreditável que vocês consigam ajudar tantas pessoas com poucos recursos... essa ideia foi sua.
- Não... na verdade, era uma ideia do meu noivo... quer dizer... meu ex noivo.
- Vocês terminaram?
- É uma antiga história, eu prefiro não tocar nesse assunto,
- Tudo bem!! Eu não vou tocar mais nesse assunto, eu só fiquei interessada.
- Foi uma história que não deu certo, ao menos ele me deixou isso, sabe era um projeto de nós dois... mas... infelizmente ele foi embora, seguiu seus interesses.
- Interessante.___Eleildes anotava___Bem, continue... como você administra essa ONG com poucos recursos. ___ Luciana começa a falar de como ela administra toda a ONG com pouco, enquanto ela falava, Eleildes anotava tudo.
NOS ESCRITORIOS DE OTTO
A reunião estava sendo terminada e Breno, falava as últimas palavras.
- Bem senhores, essa é a proposta da Second Life, espero que vocês avaliem as nossas estruturas e a nossa história no mercado de assistência médica e seguros de vida, em 45 anos, nos tornamos muito mais do que uma empresa sólida, nos tornamos um incone do sucesso e se vocês agregarem a sua assistência medica, com certeza teremos um futuro ainda promissor juntos.
- Um momento senhor Breno...___Insistia um membro do grupo médico __ que garantias o senhor nos dá? Como sabemos... a Second Life também atua no seguimento de planos de saúde, segundo o senhor nos relatou... são mais de 8 milhões de clientes, e num mundo industrializado, sabemos que muitas vezes pessoas tem se acometido de várias doenças, entre elas, doenças graves, é rentável manter um plano de saúde que abre todos os patamares?
- Sim... e se vocês perceberam __Mostra um mapa na parede __ temos aqui neste mapa o nosso lucro, prova da eficiência do nosso grupo. Cinco por cento dos nossos clientes apresentaram algum tipo de doença crônica, ou as chamadas terminais, em 95 por cento temos pessoas sádias, de bem com a vida, com os nossos médicos e nossas clínicas conveniadas, e se o grupo de vocês aderirem a nós, esse número pode chegar a 100 por cento, ou 98.
- E se mesmo assim, acontecer de um paciente com uma doença terminal, é válido que as nossas empresas banquem o tratamento? Isso não seria inviável? Pra não dizer dispendioso?
- Não meu caro colega, todos os nossos clientes são sabedores disso, por isso temos o maior numero de clientes do mercado, o nosso lema é tratar bem e melhor hoje e não sofrer no amanhã. Podem ficar descansados que a nossa empresa, presa e muito pelo bem estar dos nossos clientes, oferecendo a eles a vida eterna... se é que vocês me entendem, mas caso aconteça isso... porque pode acontecer sim, daremos a ele toda a assistência necessária, sem claro! Criar ônus a nós.
- Então o senhor afirma que este grupo, está preparado para qualquer eventualidade.
- Preparadissimo!! Podem chegar se quiserem, não temos nenhum caso assim desde da nossa fundação.
- Pois muito bem... sendo assim... em nome do grupo... o negócio está fechado ___Todos batem palmas ___Acho que faremos um ótimo negócio se associando a Second Life.
- Posso assegurar que sim... então podemos assinar os documentos e depois faremos um brinde.
MINUTOS DEPOIS
Os membros assinam os documentos, depois se cumprimentam e sai um a um, ficam na sala, Lealdo, Otto e Gessica.
- Belo trabalho Breno, sabia que podíamos confiar em você.
- Obrigado Otto... esses membros são uns idiotas mesmos, mais o que importa é que eles assinaram o contrato... o resto... a gente vê como fica.
- E por falar nisso,c omo ficou o caso do tal do Paulo?
- A essa altura ele está voando para a Austrália, onde deve ficar por um bom tempo... vamos ficar livres dele por um bom período.
NA SALA DE LEALDO
- Eu tenho que admitir Breno, que você se supera a cada dia.
- Aprenda comigo meu caro. No mundo dos negócios, omitir fatos é sempre um bom negocio. eles acabaram ganhando com a fusão... e nós... nos tornaremos a terceira maior empresa do mundo. Quer mais?
- Mas e os processos que temos, se eles vierem a descobrir?
- Eu já me cerquei de tudo... o nosso setor jurídico foi muito bem até agora e se eles vierem a descobrir, e se quiserem romper o contrato, terão que pagar 25 milhões de dólares. E isso eu tenho certeza que eles não farão.___ Breno sorri enquanto tomava mais um gole de champanhe.
JÁ NA SALA DE BRENO
- Você conseguiu mais uma vez, enganou a todos.
- Ora Géssica... isso não são meios de falar de seu chefe.
- Me desculpe... mas não foi isso que aconteceu?
- Eu sempre tenho o que eu quero Gessica... sempre.
- E o caso do Paulo? Ele me pareceu bem decidido na questão da morte do pai dele.
- É como eu sempre digo. Não há nada que uma boa quantia não resolva.
- Mais uma vez você calou a boca de um... Senhor Breno me desculpe voltar esse assunto, mas o senhor não tem remorço dessas pessoas? Que pagaram a vida toda o plano e quando mais precisam dele... é negado?
- Eu não sou Deus, minha querida, se tem alguém a quem eles deveriam reclamar é com ele, não com a empresa... se dermos atendimento a todos, fechamos as portas e você não quer perder seu emprego. Quer?
- Claro que não senhor, mas é que...
- Eu te chamei aqui por outro assunto.
- E qual senhor?
- Gessica, eu confio muito em você, e preciso muito de sua ajuda.
- Obrigado senhor, em que posso ajudá-lo?
- Eu descobri que tenho um inimigo aqui na empresa, bem na verdade todos me odeiam aqui... inveja eu sei, mas tem um que pode ser muito perigoso.
- Quem senhor?
- Ainda não sei! Mas alguém me falou de uma forma tão convincente que eu quero que me ajude a descobrir quem é? E quando eu descobrir, eu acabo com a raça dele, posso contar com você? ___ Gessica fica calada sem nada a dizer.
EM SMALLTOWN
Eleildes e Luciana passeiam pelos jardins da ONG
- Ir com você a Nova Iorque?
- Sim, quero te apresentar a empresa aos membros, tenho certeza que depois que eu mostrar tudo que eu vi, certamente eles terão interesses em ajuda-la. O que me diz, é uma proposta tentadora... não é ___Luciana fica pensativa.
- Eu não sei... eu nunca deixei as crianças sozinhas.
- Pense que é por uma causa nobre, por elas mesmos? Hein o que me diz? aceitar ir comigo hoje mesmo para Nova Iorque? ___O convite era tentador Luciana ficava sem saber o que fazer diante do tal convite?
- Eu aceito sim.
- Que ótimo... vou providenciar as passagens agora mesmo, você vai ver Nova Iorque lhe trará muita sorte amiga... eu volto já com as passagens tá __Eleildes sai rapidamente, enquanto isso, a porta se abre, Luciana entra e seu escritório, e vai direto a gaveta onde tira uma foto de Breno, ela observa e lembra da cena a 15 anos atrás naquela rodoviária, depois ela guarda a foto.
MINUTOS DEPOIS
As portas do armário se abrem e Luciana começa a colocar as suas roupas em cima da cama uma a uma, depois vai pegar uma mala em cima do guarda-roupa quando cai uma foto de Breno e ela juntos na festa de seu noivado, ela pega a foto e fica olhando, quando a porta abre e entra Eleildes.
- Já confirmei o voo querida?
Luciana toma um susto.
- Ah que susto!
- Me desculpe eu não quis assustá-la ___ Eleildes vê a foto no chão e pega a foto reconhecendo Breno ___É esse seu noivo?
- Ele faz parte de um passado... só isso, não importa mais ___Luciana rapidamente guarda a foto na gaveta, ___Eleildes fica observando, enquanto Luciana colocava as roupas na mala... do lado de fora Eleildes colocava as malas no porta luva, mas quando tem uma ideia.
- Ah... esqueci meu celular... posso ir pegar?
- Claro! Querida
Eleildes entra na casa e corre ao quarto, onde abre a gaveta e tira a foto da moldura e esconde na blusa, depois volta apressada.
- Que cabeça minha... vamos ___ Já diz entrando no carro e saindo.
MINUTOS DEPOIS
As duas embarcam no avião para Nova Iorque, Luciana estava tensa e Eleilde satisfeita com a prova que ela tinha encontrado.
NOVA IORQUE
As duas chegam a cidade, Luciana se admira com a agitação, enquanto as duas pegam um Taxi. Durante o passeio Luciana olhava os enormes arranha-céus, enquanto Eleildes conversava com ela para distraí-la.
NAS EMPRESAS OTTO
Eleildes e Luciana saem do elevador, Luciana observa todos trabalhando... bem próximo Breno ia saindo de sua sala, ao lado de Otto, quando ao virar-se dá de cara com as duas, ambos param diante um do outro... Luciana mal consegui acreditar no que estava vendo, por outro lado a surpresa de Breno era visível.
- Luciana... você aqui?___todos param. Luciana fica sem palavras. Clima tenso entre todos.

Mais textos do autor: www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_d0018_vsales.html


texto anterior

Texto anterior

          

Próximo texto

próximo texto