Começar de novo - Capítulo 7

Autor: Valdir Sales Pitombeira Filho

Contato: valdirsalespitombeirafilho@hotmail.com

Continuação da cena anterior... todos estavam admirados com Luciana, Lealdo aproveita o momento e a apresenta a todos.
- Essa é Luciana Palmer, ela é presidente de uma ONG que a empresa está patrocinando, Otto pediu para que ela ficasse uns três dias na semana, para ver como as outras ONGs que a empresa ajuda.
- Você está deslumbrante querida ___Cumprimentava Cecília, enquanto Vivi dava uma cotovelada nela.
- Obrigada.___ cumprimentava Luciana.
- Vamos entrar... se sinta a vontade a casa é sua... por aqui ___Cecília entra na mansão sobe os olhares de Vivi.
- Presidente de ONG!!! Sei... essa não tem cara de presidente... tem cara de outra coisa.
DENTRO DA MANSÃO
Breno não parava de olhar para Luciana, que estava ao lado de Lealdo, conversando com alguns amigos. Vivi também notava o interesse dele.
- É impressão minha... ou você também está admirando essa Luciana?
- É impressão sua querida... você é sem duvida a mais bela da festa ___ Breno sorri mas Viviane fica com uma pulga atrás da orelha, mas percebia que ele não tirava os olhos dela um só instante.
EM OUTRA PARTE DA MANSÃO:
Otto e Dora chegam a festa, são cumprimentados por Cecília, na porta da entrada, Vivi aproveita que Otto cumprimenta Luciana, enquanto Lealdo se afasta, ela vai atrás dele e o encontra do lado de fora.
- Bela amiga a sua... se é que podemos chamá-la de amiga.
- Está com ciúmes?
- Eu como ciúmes de você... Imagina!!! querido, eu sou noiva __Mostra a aliança no dedo ___ só achei ela um pouco... digamos extravagante demais... para você que sempre foi tão reservado... aparecer com uma mulher assim?
- As pessoas mudam, querida... eu também posso mudar.
- Pelo visto, mudou para pior, porque... cá entre nós... ela é muito exagerada, veja só o vestido dela!! Não me parece ser uma mulher seria... tome cuidado querido, porque uma mulher daquelas... facilmente encontrará encrencas com os outros homens.
- Estou enganado, ou você, além de ciúmes, está com inveja dela.
- Eu com ciúmes daquela lá... uma mulher sem classe... my cherry, eu nasci em berço tá... tenho estirpe.... know how... não vou me impressionar com uma mulher vulgar daquelas... era só o que faltava.
- Pois para mim, está aparentando isso... enquanto você a chama de vulgar, eu a considero... sexy... veja todos aqui... parecem que tem a mesma opinião que a minha.
- Homens, querido!! Todos são assim, não sabe diferenciar uma mulher de classe. De uma sem classe. Pensam que todas são iguais... mas existe uma enorme diferença tá.
Vivi sai deixando Lealdo sozinho e pensativo.
- Hum... essa daí... não tem jeito.
DENTRO DOS SALÕES
Luciana era vista por todos os homens, Breno estava conversando com Otto, mas não tirava os olhos dela... após ser servida por um dos garçons, Luciana sai do salão e vai a imensa varanda que dava para o jardim... Breno aproveita e a segue, ao encontrá-la na varanda, não percebe que Vivi estava atrás de uma coluna e ouvia tudo.
- Não sabia que conhecia o Lealdo?
- Conheci ele hoje... almoçamos juntos, por que?
- Eu fiquei surpreso, quando eu a vi com ele... vocês estão... juntos?
- Ele é apenas um amigo.
- Só amigo?
- Você deveria estar atrás da sua noiva, eu a conheci, é muito bonita.
- Você sabe que eu ainda a amo___ Luciana se afasta ___que eu...
- Guarde as suas mentiras Breno, porque eu não caio mais nelas.
- Mas é a pura verdade, sabes que meu casamento com Vivi é mais um negócio... na verdade eu te amo, nunca te esqueci.
- Tarde demais não acha? Quinze anos se passaram Breno... muita coisa mudou inclusive eu... portanto... não é bom que nos vejam juntos... vai que a sua noiva é ciumenta, pode estragar os planos do seu casamento... e eu creio que não é isso que você queira... é?
- Vivi também não me ama, esse casamento para ela é mais um capricho de menina rica.
- Como é que você trata as pessoas assim, como um simples negócio? Como se as pessoas não tivessem sentimentos, pobre dessa menina, apesar de ser rica, com certeza você vai torná-la infeliz.
- Tudo na vida tem um preço.
- Pois eu não estou a venda senhor Breno... não sou e nunca vou ser um de seus negócios... portanto... não gaste suas lábias comigo... com sua licença.
- Posso te ver mais tarde no hotel?__Ele a segura no ombro.
- Acho melhor, você me soltar... quanto ao encontro... esqueça... não temos mais nada a dizer um ao outro... fique com a sua noiva... ou melhor, com o seu negócio, quanto a mim, esqueça __ Luciana sai... fica Breno... Vivi que acaba de ouvir tudo, fica furiosa... joga a taça de uísque no canto e sai furiosa.
JÁ NO BANHEIRO
Viviane entra enfurecida... bate a porta e dá de cara com Brunelly que estava retocando a maquiagem.
- Ah mas eu mato ele!!
- Nossa!! O que deu em você?
- Oi ___Vivi disfarça ao ver Brunelly ___Nada... nada...
- O que foi amiga, não confia mais em mim? Que bicho te mordeu?
- Nada... eu já disse... que saco!! ___ Vivi sai do banheiro furiosa.
- Xiii... ai tem!!! Ah se tem.
NOS JARDINS
Vivi passa rapidamente e Lealdo... percebe que algo aconteceu... e vai atrás dela.
- Vivi o que houve?
- Me deixa em paz!! Eu quero ficar só.
- Tá acontecendo alguma coisa?
- Tá sim... quer saber... a sua amiga... se é que é amiga... tava dando em cima do Breno... o meu noivo.
- Luciana!!! Não pode ser?
- Pois foi... eu ouvi... eu bem que sabia com aquela cara de santa, na verdade é uma boa de uma sonsa isso sim... ah mas ela me aguarde... se depender de mim, a ONG dela não vai receber um só tostão do meu pai.
- Calma... vamos conversar?
- Me deixa em paz!! Vá embora... volta lá para sua amiguinha, se não ela pega os homens todos da festa ___ Vivi sai correndo, deixando Lealdo sem entender.
- A Luciana e o Breno!! Não, não pode ser!
VIVI CHEGA AO ESTACIONAMENTO
- Alfred me leve para casa.
- Mas já senhorita... a festa mal começou.
- Escuta aqui... você é pago para obedecer ordens e não para dizer a hora que eu saiu ou não das festas... vamos embora... AGORA.
- Sim senhora ___Ele abre a porta e ela entra.
- Negócios... eu vou mostrar a Breno o que são negócios... O carro sai dos jardins da mansão... Vivi estava completamente furiosa com o que tinha ouvido.
DENTRO DA MANSÃO
Luciana estava em pé no canto, quando vem Lealdo.
- Eu posso falar com você?
- Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu sim... por aqui ___Saem os dois juntos.
DO LADO DE FORA.
- Eu... mas o que essa menina pensa que eu sou?
- Eu sabia que tinha algo de errado. Mas ela me pareceu furiosa.
- Antes ela ouviu.
- Ouviu o que?
- É uma longa história Lealdo.
NA BIBLIOTECA DA MANSÃO
Eleildes estava conversando com um amigo, quando aparece Breno. Ela disfarça com o amigo e sai ao encontro dele.
- Fiquei sabendo que a sua noiva foi embora com raiva.
- Isso não é da sua conta.
- Será que não!! Lembre-se que o seu casamento está próximo... ou quem sabe nem vai existir...
- O que você está querendo dizer com isso?
- Que muitas águas correm por debaixo da ponte querido... e casamentos podem acabar até na hora da igreja.
- Isso é seu grande sonho, não é?
- Digamos que eu sou a única pessoa aqui, que sabe quem é você e seu golpe do baú.
- Olha aqui Eleildes...
- Olha aqui você... o seu reinado está por um fio... pode apostar nisso.
- Tome cuidado comigo. Eu não sou homem de ameaças.
- Muito menos eu... mas se prepare... você terá uma surpresa na segunda feira... pode apostar nisso.
- Eu acho que você é que terá, e não será nada agradável... até segunda...___Eleildes sai, deixando Breno com a pulga atrás da orelha.
ENQUANTO ISSO
Na mansão... Viviane chegava enfurecida... entrava no quarto, quebrava alguns objetos, jogava outros na parede.
- Um negócio!! Ele me trata como um negócio!!! Pois muito bem Breno, é assim que você quer, não é... pois é assim que você terá... eu te prometo. Eu vou transformar a sua vida num inferno... não é um negócio que você quer... pois vai ser um negócio que você terá. Pode apostar nisso... quem viver verá.
VOLTANDO A FESTA
Luciana conversava com Lealdo sobre seu passado com Breno.
- Então é ele... o Breno... Juro! Eu nunca poderia imaginar que tivesse sido ele.
- Mas isso faz quinze anos... eu só o vim reencontrar agora... se eu soubesse que ele sería o vice presidente do grupo, eu jamais teria vindo.
- E você não sente mais nada por ele?
- Mágoa... apenas isso.
- Mas o que houve para Viviane ter uma atitude daquelas.
- Sabe que o Breno, teve a coragem de me dizer? Que ainda me amava, que o casamento dele com a Vivi, era apenas um negócio, eu acho que foi isso que ela ouviu.
- É, deve ter sido isso mesmo, se eu conheço a Vivi... a essa altura ela deve estar odiando o Breno... e você também.
- Eu não queria causar problemas.
- Vivi já é um problema.
- Mas você acha que eles podem romper o casamento? Por minha causa.
- Não... claro que não! Esse casamento para Viviane é como um troféu... ela não perderia a chance de ter o casamento dos sonhos... amanhã ela vai acordar calma e irá esquecer tudo isso. Você vai ver... bem... acho que está na hora de irmos, que tal?
- Acho bom, mesmo... essa festa já deu o que tinha que dar.
Lealdo e Luciana saem da festa, de longe Brunelly apenas observava, do outro lado... Breno que não estava gostando do que via... ele fica apenas observando os dois entrando no carro.
NO APARTAMENTO DE BRENO
A porta abre e ele entra... furioso... vai ao bar e se serve com um uísque, ao vira-se toma um susto... Vivi estava a sua frente.
- O que você está fazendo aqui Vivi?
- Por que? Não posso ir ao apartamento do meu noivo... ou será que isso não está incluso no negócio?
- Do que você está falando?
- Do negócio... que é o nosso casamento... porque para você é um negócio não é?
- Eu não sei do que você está falando?
- Pois eu vou refrescar a sua memória... eu ouvi você dizendo lá para aquela sua ex noiva que ainda a ama... e que o nosso casamento é apenas um negócio... pois muito bem, se é um negócio... eu quero saber o que eu vou ganhar com esse negócio.
Breno fica sem ação diante das afirmações de Viviane.
- Querida... você entendeu errado.
- Ah quer dizer, que além de idiota, eu sou surda agora é?
- Não se trata disso... você entendeu errado, só isso.
- Entendi... sabe o que eu entendi... é que para você esse casamento não passa de um negócio, bem lucrativo não é... que o que eu penso e sinto, não importa.
- Viviane, nós dois sabemos perfeitamente que entre a gente não há amor.
- Sim eu sei! Mas isso não lhe dá o direito de me ridicularizar na frente de todos... das minhas amigas por exemplo... imagine se uma delas sabe disso, estou perdida.
- Eu falei sem pensar.
- Pois pense agora por diante tá. Porque eu não vou passar por idiota perante a sociedade... se você ama aquela mulherzinha lá, o problema é seu, agora quanto a mim, eu exijo respeito... se para você o nosso casamento é um negócio! Saiba que para mim, é muito mais do que isso. Eu investi muito nele e não vou sequer admitir que nada saia errado entendeu... nada entendeu? Nada.
- Você precisa se acalmar!
- Calma... eu estou calmíssima... eu só vim aqui, para te dizer isso, não pense que eu sou idiota... e se hoje eu decidir romper esse casamento... quem vai sair perdendo é você meu caro, pense nisso... portanto... até o dia do casamento... se mantenha longe de fofocas... e de suas amantes, eu quero, eu exijo que antes do casamento, nós dois continuemos a ser o casal do ano... fui bem clara! Porque senão... eu juro... eu juro que falo com papai e você está acabado... portanto... ande na... LINHA ___ Vivi pega a bolsa e sai, batendo a porta.
- Era só o que faltava.
Vivi entra no elevador, apressada... ao sair nem percebe que Brunelly estava entrando no prédio, ela se esconde e deixa Vivi passar, depois entra no elevador e vai ao apartamento de Breno.
- Ela passou por mim, como um furacão
- Ela veio me ameaçar.
- Mas o que aconteceu?
- Ela ouviu uma conversa entre mim e Luciana.
- Crise de ciúmes agora é?
- Vivi está com medo é que o tão sonhado casamento dela, não saia como ela deseja... é só isso, no fundo eu sei que ela ama o Lealdo.
- É mas pelo visto, ele já está interessado em outra.
- De quem você está falando.
- Você não viu o jeito que ele estava com aquela Luciana na festa... eu mesmo os vi se beijando ___Breno fica impaciente ___pelo visto você também perdeu querido... a sua ex... agora está lá no hotel com Lealdo.
- Luciana não faria isso?
- Querido... pode apostar que qualquer mulher se interessaria por Lealdo... charmoso como ele é.
- Vamos mudar de assunto ___ Breno sai da sala.
- Ciúmes... agora Breno... isso não combina com você.
NO HOTEL DE LUCIANA
Eles estavam tomando uma taça de vinho.
- Então gostou da festa?
- Foi ótima, apesar dos pesares
- E da companhia?
- Digamos que foi a melhor que eu já tive ___Ao terminar a frase, Lealdo aproveita e a beija, no inicio ela reage, tenta sair, mas acaba de envolvendo aos poucos nos braços de Lealdo.
NO QUARTO
A porta da suíte se abre e entram Luciana e Lealdo aos beijos... já tirando a roupa um do outro e caindo na cama, estavam completamente entregues ao amor... enquanto sozinho, Breno observava de seu quarto as luzes da cidade... enquanto tomava um uísque.
NO OUTRO DIA.
Luciana acorda... e percebe que aconteceu na noite anterior... ela sai da cama, se enrola num roupão de seda... havia roupas pelo quarto, duas garrafas de champanhe na mesa, duas taças, mas Lealdo não estava... havia um bilhete em cima do criado mudo, ela pega e lê.
TIVE QUE SAIR PARA RESOLVER UNS PROBLEMAS URGENTES, TE ESPERO PARA ALMOÇAR MAIS TARDE NO HOTEL. TIVE UMA DAS MELHORES NOITES, JÁ ESTOU COM SAUDADES TUA. TE AMO. LEALDO.
Luciana sorri ao ler o bilhete e volta a deitar-se na cama.
ENQUANTO ISSO
O carro de Lealdo, para numa rua esquisita, havia outro carro a sua frente, ele desce do carro e vai em direção ao outro carro, assim que ele entra entrega um envelope
- Está aqui a foto dela e o endereço.
- É para matar Chefe?
- Não... apenas um susto... ela tem uma coisa eu quero. Encontre e me avise, ai dentro tem a foto dela, o endereço e seu dinheiro.
- Ok... hoje ainda pela manhã eu consigo.
- Dia de sábado... ela costumar passear no parque, é uma boa hora para você agir, agora lembre-se, não a machuque... agora se ela resistir sabe como fazer.
- Pode deixar Chefe.
Lealdo sai do carro e volta ao seu. Saindo em seguida.
NO APARTAMENTO DE BRENO
Ele acabava de sair do banho, enrolado numa toalha, enquanto Brunelly tomava banho, quando ela ouve tocar o celular, ela sai do banho e atende.
- Você é louco de ligar para mim! O que foi? Sei... o que você mandou fazer? O que!! __falava baixinho ____ onde você está? Estou indo aí... daqui a uma hora... estou na casa de Breno sim, não, ele está na sala, estou no banho. Tá... tá... estou indo ___Brunelly desliga o celular__O que foi que ele mandou fazer meu Deus.
NA SALA
- Vai sair?
- Adivinhe? Vivi... disse que quer falar comigo agora.
- Imagino o que seja.
- O que você aprontou dessa vez?
- Nada... ela esteve aqui na noite passada... conversamos e eu coloquei as cartas na mesa... se esse casamento é lucrativo para mim, será muito mais para ela. Ela não quer o casamento do ano? Pois ela vai ter.
- Bem eu vou ver o que ela quer, depois te ligo ___ Brunelly beija Breno e sai rapidamente. Breno fica.
ENQUANTO ISSO
Eleildes estava fazendo a caminhada no Central Park, quando um carro, estaciona e três homens descem, eles tiram do envelope uma foto... e ficam observando quem passa, logo vêm Eleildes, ela não percebe que os mesmos estavam seguindo ela.
NUM LOCAL AFASTADO
Brunelly chega, estaciona o carro e entra num prédio pequeno, ela sobe as escadas, passa por um corredor e entra... Lealdo estava em pé esperando.
- Cara o que você fez com ela?
- Calma! Eu não fiz nada.
- Como nada! Você mesmo disse que ia impedir que ela mostra-se as fotos ao Otto... mandou matar ela.
- Claro que não! Eu não sou um assassino... eu só não quero, que ela estrague os meus planos, se ela entregar essas fotos ao Otto, ele acaba com esse casamento.
- Mas não era isso que você e a Eleildes queriam. Tirar o Breno da parada, que ele não se casasse com a Vivi... para não assumir a presidência... poxa... agora que vocês conseguem... você manda destruir as provas... cara... eu não entendo.
- E quem disse que eu quero impedir o casamento dele com a doida da Vivi?
- Não!!! Mas depois do casamento ele assume a presidência e você, meu filho... cai do cavalo... porque o Breno... ele não vai querer você por perto, você e a Eleildes, Imagine! Ele vai querer te ver pelas costas.
- Sabe qual é o seu mal... é que você pensa pouco...
- Eu não entendi!
- Pois vai ficar sem entender... o lance é tirar essas fotos da Eleildes, depois na hora certa eu sei como usá-las em meu favor... deixe o Breno cantar de galo, ele pode até assumir a presidência se casar com aquela antipática... porque depois... ele vai para a cadeia e vai apodrecer lá.
- Lealdo... Lealdo... o que você está armando?
- Eu não... ele está fazendo a própria cama dele... eu apenas vou assistir a sua queda... de camarote... Otto não apostou as cartas nele? Não fez tudo por ele, enquanto eu... ali do lado dele... ele nem me vê... quando eu me separei da Vivi... ele nem sequer me ligou para dizer nada... talvez ele tenha até gostado... claro! Eu não era o Breno... o infalível... o conquistador, o filho que ele nunca teve... pois então... é esse filho dele que vai... matá-lo.
- O Breno!!! Matar o Otto... brincadeira... ele adora o Otto, ele o tem como um pai... ele faz tudo pela empresa, você acha que ele vai matar a galinha de ovos de ouro dele, nunca... Breno pode ter todos os defeitos, é ambicioso, passa por cima de todo mundo, agora, assassino... isso não... Matar o Otto... nunca!
- Matar o Otto... eu sei que não... agora... acusado... ele pode ser... ou não?
- Agora eu entendi... claro!!! é esse seu plano... mandar matar o Otto e acusar ele de assassino... ele vai preso... e você assume a presidência do grupo? Mas como você vai assumir a presidência... você precisaria ter 51 por cento das ações... e isso... você tem?
- Eu tenho um trunfo ainda maior querida.
- E que trunfo é esse?
- Segredo... todos vão saber... mas na hora certa. Por enquanto essas fotos, servirão como prova da traição do Breno... e elas vão aparecer justamente nas investigações. Com certeza a polícia irá achar ótimo. Essas provas... já estou vendo a matéria, genro que traía a filha do magnata mata o sogro para esconder provas do adultério. Aí eu quero ver sem o Otto, sem apoio de ninguém... Breno vai apodrecer na cadeia.
- Mas o que vai acontecer com a Eleildes.
- Ela ficará ausente uns dias... ela pode abrir a boca sobre as fotos... então eu preciso mantê-la longe dos meus planos. Mas não acontecerá nada de mal com ela, eu prometo ___Lealdo fixa o olhar, enquanto Brunelly ficava pasma com tudo que ouvia.
NO CENTRAL PARK
Quando Eleildes se aproxima do carro... os homens chegam.
- Quem são vocês.
- Entra no carro, dona __Ele mostra a arma.
- É um assalto?___Os homens a empurram contra o carro.
- Cala a boca e entra __Os homens empurram Eleildes para dentro do carro, um ocupa o volante e sai em desparada, sem destino.
VOLTANDO AO APARTAMENTO DO LEALDO
Fala ao celular.
- Ótimo... já sabem o que fazer? Isso... a levem para o local combinado... depois entre em contato...___Desliga ___ pegaram ela? Agora é só uma questão de tempo, e as fotos estarão na minha mão ___ Lealdo sorrir satisfeito.
NA MANSÃO
Viviane descia as escadas e encontrava Dora na sala.
- Bom dia filha... saiu da festa que eu nem vi.
- Cadê o papai?
- Jogando Golf... não vai tomar café?
Viviane sai sem deixar a mãe terminar, no campo de golf ela chama pelo pai, que estava terminando de fazer sua última tacada... depois ele se aproxima
- Bom dia filha?
- Pai... eu preciso falar com o senhor, é urgente.
- Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu... eu sou dona da empresa não sou?
- Sim filha... você é a herdeira de tudo... porque?
- Pois então... se eu sou dona da empresa, eu posso opinar sobre tudo que acontece os investimentos.
- Filha... você nunca se interessou pelos negócios da empresa, o deu em você agora?
- Ah sempre a primeira vez... pois então... eu fiquei sabendo que a empresa estava interessada em ajudar uma certa ONG?
- Sim... inclusive ela estava na festa da Cecília ontem?
- Eu sei... é por isso mesmo... papai... eu não quero que a minha empresa ajude essa ONG.
Otto para diante da proposta de Viviane.
- O que... mas por que eu faria isso?
- O senhor mesmo não disse que eu também sou a dona da empresa, pois como dona eu não quero e não vou permitir que seja feita nenhuma doação aquela mulher entendeu papai?
Otto fica sem entender.
NUM LOCAL AFASTADO
Os homens chegam com Eleildes, que estava amordaçada e com vendas nos olhos... eles a jogam dentro de uma casa suja, com móveis velhos e algumas frestas nas paredes que davam luminosidade ao local. Após jogarem ela dentro eles saem... Eleildes tenta gritar mais estava amordaçada e não conseguia gritar... mas estava apavorada.
VOLTANDO A MANSÃO
- Filha o projeto social dela é maravilhoso, eu mesmo vi... ela cuida de centenas de crianças carentes.
- O governo que tome conta dessas crianças, porque a gente tem que ajuda não é a nossa obrigação.
- Filha eu já dei a minha palavra.
- Pois volte atrás papai... eu não quero que dêem dinheiro para aquela fulana, papai está na cara que ela vai gastar esse dinheiro com outras coisas, menos com as crianças, está na cara que ela não presta, e como dona da empresa... papai eu exijo que não seja dado nada a ela... ouviu bem e ai... ai... do senhor se eu souber que fui traída, nunca mais falo com você papai... ouviu... nunca mais. ___ Viviane sai.
MINUTOS DEPOIS
Otto e Dora comentam o que aconteceu.
- Mas vivi passou dos limites Otto, você não vai acatar essa maluquice dela vai?
- Eu não sei... ela também é dona da empresa.
- Eu não acredito que você vai fazer isso... que vai deixar de dar uma ajuda a uma ONG séria só porque a Vivi não se deu com a presidente da ONG... não isso é no mínimo um capricho dela. E você não pode... não deve fazer isso... Vivi não pode achar que o mundo gira em torno dela. Otto... pelo amor de Deus... não faça isso... não faça.
Otto fica apreensivo.
NO HOTEL DE LUCIANA
Ela estava lendo, quando alguém bate na porta, ela vai abrir. Ao abrir a porta.
- Demorei ___Entra Lealdo, já beijando-a.
- Eu adorei as flores e o bilhete.
- Então... preparada para conhecer a cidade?
- Eu tenho vôo amanhã cedo.
- Meu amor... Nova Iorque é uma cidade fantástica... você não pode passar por ela sem conhecer certos lugares... eu prometo que não vou cansá-la... a não ser que você queira ___Lealdo a beija novamente, quando ouvem bater a porta.
- Ué... está esperando alguém __Diz Luciana.
- Deve ser o almoço que eu pedi... eu vou abrir.
Ao abrir a porta, ele dá de cara com Vivi... ela para e olha os dois.
- Nossa que surpresa!! A vagabunda e o conquistador barato. Os pombinhos não vão me convidar para entrar? Ou estão em alguma orgia?
Lealdo olha para Vivi e ficam os dois sem saber o que falar.

Mais textos do autor: www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_d0018_vsales.html


texto anterior

Texto anterior

          

Próximo texto

próximo texto