A arte de tecer mandalas

Tecer mandalas é mais do que desenhar formas. É um ritual de conexão, uma dança entre o corpo e o espírito. Cada linha é um respiro. Cada dor, uma intenção. É alinhar o coração com o ritmo do universo. A palavra mandala vem do sânscrito e sigifica “círculo sagrado”. Essa arte milenar surgiu nas tradições hindus e budistas, onde as mandalas eram criadas como instrumentos de meditação, símbolos do cosmos, da totalidade e da jornada espiritual. No Tibete, monges desenham mandalas com areia colorida, grão por grão, em profunda concentração, e depois as desfazem, ensinando sobre a impermanência da vida. No centro da mandala está o “eu interior”, e a partir dele, expandem-se os caminhos da consciência. É meditação em movimento, cura em forma de símbolo, um espelho da alma e uma ponte entre mundos.

As cores têm papel sagrado e profundo:

Vermelho: Oeste, fogo, força vital, coragem, conexão com a terra, energia, vitalidade, paixão, força, raiz, corpo físico, vontade de agir, emoções fortes, amor, raiva, poder.

Laranja: Entusiasmo, criatividade, energia fluida, transformação, emotividade, sociabilidade, otimismo.

Amarelo: Sul, terra, luz interior, sabedoria, foco, intelecto, alegria, poder, sol, clareza mental, aprendizado, expansão, atividade mental, concentração, riquesa, crescimento, igualdade.

Verde: Norte, ar, equilíbrio, compaixão, natureza, esperança, coração, crescimento, renovação, harmonia, aceitação, cura emocional, ação, realização.

Azul: Centro, espaço, paz, verdade, harmonia com o divino, tranquilidade, serenidade, comunicação, céu, mar, calma, introspecção, espiritualidade, expressão, intuição, sabedoria profunda.

Roxo: Misticismo, espiritualidade, elevação da alma, mistério, transmutação, conexão com o divino, realeza, sabedoria superior, meditação, contato com o subconsciente.

Rosa: Amor incondicional, afeto, doçura, feminilidade, amor puro, compaixão, gentileza, autoestima.

Branco: Leste, água, pureza, recomeço, clareza, luz, iluminação, perfeição, totalidade, paz absoluta, conexão com o divino, transformação, sabedoria.

Preto: Norte, introspecção, proteção, o mistério do invisível, profundidade, silêncio, inconsciente, vazio fértil, potencial puro, dissolução do ego.

Dourado: Sabedoria divina, iluminação, prosperidade, valor supremo, mais alta qualidade espiritual, conexão com o divino, luz interior.

Prateado: Intuição, potencial, reflexão, feminino, lunar, lua, mundo dos sonhos, intuição, fluidez.

Tecer uma mandala é também tecer a si mesmo. É se perder e se encontrar dentro de círculos infinitos. É silenciar o caos e escutar a sabedoria que vem de dentro. Na mandala, não existe pressa, existe presença. E no centro de cada uma, existe sempre um recomeço.


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