Raul Pompéia, um dos grandes escritores brasileiros, jovem sensível e atormentado. Jornalista, político, polemista e professor. Ganhou notoriedade com seu mais conhecido romance O Ateneu (1888), de forte teor autobiográfico. Sua hipersensibilidade e dramas pessoais o levaram ao trágico suicídio no natal de 1895.
Estudos e Direito em São Paulo - Seus pais, Dr. Antônio D'Ávila Pompéia e Rosa Teixeira Pompéia, ricos, proprietários de uma grande fazenda de cana-de-açúcar, proporcionam a Raul, uma infância confortável, porém isolada. Os pais não mantém muitas relações sociais. Nos anos 1879 e 1880, completa seus estudos preparatórios no Externato do Imperial Colégio D.Pedro II. No ano seguinte parte para São Paulo e ingressa no curso de Direito.
Ingresso nas Letras - Em 1870, mudam-se todos para a Corte e em 1873 Raul é matriculado no Colégio Abílio e permanece até 1878. Durante o curso de Direito em São Paulo, colabora para jornais e revistas e publica seu segundo romance, As Jóias da Coroa, no formato folhetim, na Gazeta de Notícias.
Engajamento Político, Jornalismo e Polêmicas - O período que permanece no Colégio Abílio, no sistema de internato, as influências lá recebidas serão a base para seu grande romance O Ateneu, de inegável teor autobiográfico. Abraça as causas Republicanas e Abolicionistas. Dedica-se mais ao jornalismo que à literatura. Participa de grandes polêmicas e faz inimigos por toda a parte. Em meio às polêmicas, publica seu grande romance O Ateneu, em 1888.
Trágico Desfecho - Seu primeiro romance, Uma Tragédia no Amazonas, escrito quando ainda interno no Abílio, é bem recebido pela crítica, principalmente pelo fato de ser ainda tão jovem. Após uma das tantas e fervorosas discussões públicas, o hipersensível Raul Pompéia suicida-se durante o natal de 1895, aos 32 anos e deixa sua marca na literatura brasileira.