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Uma celebração maranhense no Rio de Janeiro marcou a abertura da exposição comemorativa ao centenário de morte do escritor Arthur Azevedo. Montada na Biblioteca Nacional, no Espaço Cultural Elizeu Visconti, o vernissage da mostra “O Universo de Arthur Azevedo”, recebeu um grande público e contou com a presença do governador Jackson Lago e do presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré. O público percorreu o ambiente da mostra que reproduz aspectos de São Luís, seu calçamento, azulejos e paisagens que marcaram a infância e a adolescência do escritor, dramaturgo, jornalista, contista e colecionador. "É uma exposição que emociona a nós maranhenses e cativa o público para a obra de um dos nossos mais ilustres conterrâneos", afirmou o governador. O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, destacou a sensibilidade do Governo do Maranhão que é hoje um dos principais parceiros da Biblioteca Nacional. A mostra, parte das homenagens que acontecem em todo o país, é composta de fotografias, obras literárias, críticas teatrais e jornalísticas em textos originais de jornais do Rio de Janeiro, escritas pelo maranhense. Também fazem parte da mostra exemplares das gravuras da coleção de Arthur Azevedo, do acervo da pinacoteca do Palácio dos Leões, banners e painéis sobre o comediógrafo, fotografias e a Revista de 190 anos do Teatro Arthur Azevedo, pertencentes ao acervo do TAA. Na noite de abertura foi lançado, ainda, o catálogo “O Universo de Arthur Azevedo”, com textos e fotos, da vida e obra desse ícone das letras e cênicas brasileiras. O catálogo foi produzido pelo Cerimonial do Palácio e Studio Edgar Rocha. Para Maria Helena Duboc, curadora de Bens Culturais do Governo do Maranhão, a exposição “é uma oportunidade de apresentarmos pela primeira vez um Arthur Azevedo colecionador e de também o homenagearmos no centenário de sua morte”, lembra. No total serão expostas 35 gravuras: brasilianas, mitológicas, costumes, paisagens e religiosas. Uma das gravuras, que focaliza São Luís do Maranhão, é do gravador Manoel Ricardo Couto e faz uso da técnica de litografia. Artes – Arthur Nabantino Gonçalves Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão a 07 de julho de 1855, da união de David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães. Cedo demonstrou pendor pelas artes como o teatro, onde escreveu e fez adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo. Após lançar comédias nos teatros maranhenses, mudou-se em 1873 para o Rio de Janeiro. Foi uma das grandes figuras do humorismo brasileiro. Foi jornalista, comediógrafo, contista e poeta. Em toda sua obra campeia um fino e gracioso humorismo. Autor dos "Contos Possíveis", "Contos Efêmeros", "Contos fora de moda", "Contos em verso", "Contos Cariocas" e "Vida alheia", espalhou também sua verve em dezenas de revistas teatrais e de esfuziantes comédias, entre as quais sobressaem "O Dote", "A Almanjarra", "A Véspera de Reis", "O Oráculo", "Vida e Morte", "Entre a Missa e o Almoço", "Entre o Vermute e a Sopa", "Retrato a Óleo" e "O amor por Anexins". Trabalhou nos principais jornais da época, no Rio de Janeiro, tendo fundado e dirigido "A Gazetinha", "Vida Moderna" e "O Álbum". Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, em que ocupou a cadeira n. 29, para a qual tomou Martins Penna como patrono, faleceu no Rio de Janeiro a 22 de outubro de 1908. No Maranhão, as homenagens ao comediógrafo aconteceram pelas comemorações de aniversário de 191 anos do teatro Arthur Azevedo, com a apresentação do espetáculo “A Almanjarra”, comédia de época do século XIX. O espetáculo foi produzido por artistas maranhenses e contou com a direção de Luiz Pazzini e participação dos atores Rosa Ewerton, Renata Figueiredo, Rosana, Rosana França, Domingos Tourinho, Raimundo Reis e Guilherme Telles, com produção de Wagner Heineck. O espetáculo será reapresentado no palco do Arthur Azevedo no mês de agosto. Fonte: www.jupiter.com.br |