Escola da vida

Autora: Rosimeire Leal da Motta Piredda

Contato: rosimeireleal@uol.com.br

Quando um feto é formado, está sendo feita uma matricula para entrar na escola da vida.
O cotidiano vai moldando aos poucos a pessoa.
No momento em que a criança vem ao mundo, é iniciada a aprendizagem. Estão ao seu dispor os melhores professores com titulação de Mestre e Doutorado: seus pais. À medida que cresce, brinca e aprende.
O material auxiliar de ensino é tudo o que está a sua volta.
As lições teóricas são realizadas em seu lar. Na convivência com as demais pessoas serão colocadas em prática, no dia-a-dia.
Muitas vezes, apesar de inúmeras explicações, o aluno demora a entender... erra muitas vezes até acertar. Porém, há aqueles que são sempre reprovados e parece que jamais alcançarão a próxima etapa.
A vida é um estudar contínuo, cuja carga horária só termina quando deixamos de respirar, entretanto, pressentimos que em tempo algum nos tornamos realmente habilitados para viver na íntegra.
É necessário ultrapassar a fase de estagiário e aproximar-se ao máximo de um profissional capacitado na arte de viver... igualar-se a um aventureiro e escalar os picos mais altos das dificuldades. Sofrer, ganhar ou perder, não importa, mas recolher o que adquiriu ao longo dos anos e seguir em frente; preparar-se para o próximo obstáculo, porque a existência é uma batalha constante, não necessariamente uma guerra violenta, porém, ela gosta de provocar para conduzir o indivíduo mais adiante.
A pós-graduação se dá na maturidade, no auge da vivência.
No fim, quando o ser humano fecha os olhos e parte para a eternidade, leva consigo sua maior riqueza: experiências de vida... isso não se pode receber como herança de ninguém: cada qual conquista a sua e ficam apenas as memórias da trajetória de um estudante que tornou-se universitário, diplomou-se... no entanto, lhe persegue a sensação que ainda falta alguma coisa...
Por muito que se vive, parece pouco...
Ao nascer, ganhamos uma caneta, para com ela escrevermos a história da nossa vida, contudo, um dia, a tinta acaba, não sendo possível substituí-la por outra.


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