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Era uma vez uma pessoa infeliz, inconformada com a sua situação e com as coisas que formavam o mundo. Ela achava que tinha a solução para todas as polêmicas da humanidade, e que, por isso, era perseguida pelos seus semelhantes. Não percebia sua infelicidade, pois na ânsia de mudar o mundo, seu espelho não era utilizado.
A presidenta da Republica Federativa do Brasil, chamou para si as responsabilidades inerentes à função e definitivamente o Brasil pode contar com alguém comprometido em mudar o panorama de corrupção e impunidade que parece estar incrustado em nossa nação, a ponto de já estarmos achando normal convivermos com traficantes e criminosos de colarinho branco ou de outra cor.
Já não era sem tempo. A tão esperada revolução finalmente ocorrera.Estava tudo tão claro, tão definido, visto a olhos nus, que chocava. Era estranhamente confusa aquela nova realidade, a qual sequer imaginada fora, até então. O máximo que se permitia sonhar nos tempos de balbúrdia seria uma bagunça um pouco mais organizada, com alguns critérios de justiça e menos desmandos, talvez. Jamais se pensou em algo tão radical, como isso que repentinamente se deu. Os próprios radicais de esquerda, com todo o seu revelador rubor, mesmo esses foram pegos de surpresa. Perguntavam-se onde iriam buscar agora massa de manobra para seus objetivos, já que tudo estava devidamente resolvido. A perplexidade era geral, mas as pessoas mais simples, aquelas que sempre estão aí para o que der e vier, essas acreditavam. Era como se de repente o mundo tivesse se transformado num lugar bom, num sucesso. Isso era assustador. Já não havia então direita ou esquerda. Tudo era centro. Tudo girava de maneira incrivelmente equilibrada, num eixo claro como o dia, do qual não se permitia enxergar qualquer dúvida. Tudo era certeza nessa nova ordem. Tudo era demasiadamente resolvido, limpo, certo. Tudo era extremamente chato... Foi assim que nasceu a necessidade de contradizer a ordem. Foi assim que surgiu como do nada, uma força estranha e maquiavélica, disposta a subverter essa nova ordem, a qualquer custo. A história estava voltando ao começo...
...e todos sabem que no início era o verbo e talvez nem só o verbo, pois que se fazia acompanhar de Adão, Eva e a serpente.
Mas todos sabem que as mudanças são difíceis de serem aceitas, as transformações causam revoluções nos mundos dos aflitos, terremotos na vida dos ansiosos e preocupações nos que sempre têm algo a perder. E assim estava a governanta. Aflita, ansiosa e com tudo a perder. "Mas o que mais posso perder?", pensava ela, "afinal, já perdi tudo que me importava: o meu amor, os melhores anos da minha vida e os pequenos prazeres que constroem a tal da felicidade". A política não a impressionava mais, nem tanto a interessava. Tinha chegado ao auge dos seus sonhos, colocar a ordem num país cujo lema da bandeira é "Ordem e Progresso", mas que nada disso mostra. Mas percebeu que a ordem que queria não era a mesma que era querida. A nova ordem mundial era a desordem e o caos. Não entendia mais nada, nem queria entender. Os insultos dirigidos aos seus fiéis puxa-sacos na verdade eram contra ela mesma. Estava se debatendo contra si, contra tudo que um dia acreditara.
Solidão, já não me resta nada, tenho que partir, para aonde? ...Uma oportunidade. Espanha. Solidão na mala, divida no bolso, esperança no coração. Assim, sem deixar o medo dominar, tragando com olhos firmes o mundo novo. Desta vez tudo será diferente, farei com que me respeitem, e se assim não for buscarei até encontrar alguém que realmente, saiba o que é não ter medo. Estou segura que a felicidade é real e está aqui em algum lugar do mundo. Eu vou encontra-la de alguma maneira. Ruas estreitas, becos escuros, portas fechadas, mas nas minhas mãos existe uma chave, esta chave tem vários nomes: saudade, amor, carinho, compreenção, solidariedade, verdade, fidelidade, lealdade, cumplicidade, esperança, confiança, coração, etc... E quando eu descubrir realmente o que tudo isso significa, voltarei e abrirei a porta da felicidade. Mãe, você é a minha alma, mais eu nescesito encontrar alguém que esteja disposto a caminhar ao meu lado, não se preocupe, sempre estarei cuidando de você, afinal de conta é você a base de tudo para mim. Te amo muito.
Mesmo partindo para além-mar, a saudade e a necessidade de mudar o mundo a perseguia, trazendo à boca aquele sabor amargo de frustração, de impotância. E eis que retorna ao ponto de partida, à infelicidade, e necessidade de mudar o mundo, de dizer às pessoas o que fazer, como fazer. Nenhum lugar do mundo é suficiente para trazer-lhe, por si só, paz à alma combalida. Sua insatisfação é extritamente pessoal, está no imo de seu ser. O quê fazer? Onde buscar o alimento que pacificará essa sua angústia tão humana... essa necessidade de ter para tudo a solução... Busca no prazer desmedido, na droga, no jogo, no sexo, mas onde estará uma panacéia para seu mal? Nada atenua sua dor... quissá a morte, angústia de quem vive, seja seu alívio. Um fato novo, entretanto, traz alento à sua alma, a maternidade. Um filho que a faz sentir uma necessidade enorme de mudar, de parar de correr, de mudar o mundo... enfim ela é necessária, amada incondicionalmente. Sua angústia muda de feição. Mas permanece.
Após receber, assim embaralhadas, as Ideias de sua filha, a mãe da Presidenta julgou mais maternal não responder. Percebera que a filha estava confusa, vivendo mais um daqueles instantes que prenunciavam alguma mudança intensa e estrutural e, mantendo o que desde sempre fizera, preferiu nada dizer, em nada interferir. Por seu lado, a Presidenta não se surpreendeu com o silêncio de sua mãe. Era um silêncio esperado, uma omissão em plena conformidade com o desacerto da mensagem que dirigira, um silêncio diante de sua momentânea loucura. Logo, esqueceu a mãe, que, de resto, ocupava menos espaço em sua mente do que os assuntos de Estado. Convocou uma reunião ministerial. Distribuiu ordens à vontade. Ao Ministro da Justiça determinou que promovesse uma ampla campanha publicitária acentuando que a cada direito do cidadão corresponderia um dever do mesmo cidadão, estabelecendo as hipóteses de impossibilidade de cumprimento, numa tentativa de resgatar uma ideia que trazia de sua juventude segundo a qual o Estado deveria desenvolver-se extraindo de cada um conforme suas possibilidades e dando a cada um conforme suas necessidades, agregando a isto a responsabilidade de todos. Ao Ministro da Saúde determinou que apresentasse em vinte e quatro horas um planejamento de restaurações e construções de hospitais, em n=FAmero suficiente para fazer frente aos possíveis atendimentos nos próximos quinze anos, nas cem cidades mais populosas do pa=EDs e a formulação de um plano para cobrança de impostos de laborat=F3rios em mercadorias a preço de custo, conforme as necessidades das populações usuárias de serviços públicos. Ao Ministro da Educação determinou que apresentasse um plano de controle de assiduidade à escola de toda a população menor de dezoito anos, com o objetivo de submeter à reclusão por um mínimo seis meses sem qualquer benesse legal os pais que negliciassem a educação dos filhos, ao Ministro da Fazendo determinou o estabelecimento da alíquota máxima de dez por cento para todos os impostos cobrados no país, pensando com isso em erradicar a sonegação. Aos Ministros das Forças Armadas determinou que se valessem de seus contigentes para fazer frente incessantemente à criminalidade no país, em face da subversão da ordem interna que já representava o quadro nacional no particular. Extinguiu ministérios que representasssem o reverso de preconceitos por entender que eram preconceituosos também. Determinou ao Ministro da Ciência e Tecnologia que apresentasse os resultados reais dos projetos desenvolvidos nos últimos vinte anos, sob pena de extinção. Ao Ministro da Agricultura determinou a formulação de um plano de desenvolvimento que incluísse todo o país apontando os valores envolvidos com o título de cada rubrica. Extinguiu o Ministério do Interior por entender inútil. Ao Ministro das Relações Exteriores determinou que convocasse todos os diplomatas brasileiros dentro e fora do país para comparecerem em data por ela fixada na Capital para receberem novas diretrizes quanto à nova política externa a ser implementada. Na manhã que se seguiu a Presidenta acordou deposta.
Mas derrepente se deparou com aquele sentimento que voltara à tona. De que adianta a vontade de querer mudar e revolucionar o mundo e a satisfação pessoal não realizada e não concretizada.Se perguntou várias vezes se tudo o que fizara iria caminhar para sua plena satisfação,pois além de tanta vontade , informações, estudos, Ideias,chegava a hora de parar, refletir a respeito de sua vida, mas não desistiu.Talvez seria mais uns de seus momentos de reflexão. Mas o que não reparava é que cada vez aumentava mais esses seus momentos, o que atrapalhava sua posição tão importante e de grande responsabilidade em relação à sua posição.Então participou das reuniões, colocou suas Ideias,sugestões com clareza, e revolucionou novamente o seu novo lugal.Ma algo inesperado aconteceu.Um grande amor estava por vir.Era um homem de grande importância, com os mesmos objetivos, modos e maneiras parecidos,incrívelmente apaixante, vivido, e também com muitos outros objetivos de vida,o que poderia lhe proporcionar a grande revolução em sua vida ,a tão sonhada satisfação pessoal, a felicidade.Mas com todas as regras que seguira ,iria ela se deixar render por esse amor?
Mãe não dei valor para o seu sonho, sua luta. Diploma na minha mão, sorriso, formatura. Não fui seu orgulho, diretora de empresa, virei uma bandida com uma faca que mata com frieza. Não mereci tua lágrima no rosto quando chorava vendo a panela sem almoço, vendo a laje cheia de goteira ou a fruta podre que era obrigada a catar na feira. Enquanto você juntava a aposentadoria e a esmola para não ter despesa. Eu estava no bar jogando bilhar, bebendo conhaque; bebada, eu, a bandida de traca escopeta com uma mãe pedindo comida na porta da igreja. Todo NATAL você sozinha e eu na balada bancando vinho, farinha para os manos da quebrada. Desculpa MÃE, pela dor de me ver fumando pedra pela glock na gaveta e pelo gambé pulando a janela, Desculpa mãe por te impedir de sorri, desculpa mãe por tantas noites em claro triste sem dormir. Desculpa mãe, sei que para te pedir perdão, infelizmente é tarde. Agora só restou a lágrima e a dor da saudade.
Era bom demais para ser verdade. Mas qual verdade? A verdade dos contos e novelas: e foram felizes para sempre? A verdade dos tanques de roupas sujas para lavar e filhos para levar na escola? Onde está a verdade? E a governanta pensava, ficar com a Ordem e o Progresso? Definir os destinos da nação? Ou ser a responsavel pela ruptura de Adão e Eva, afinal, a serpente deveria também ser uma governanta - afinal - era tão mandona! Nenhum homem resiste a nenhuma mulher com muitos neuronios pensantes, será que o seu Romeu não desistiria no primeiro debate a um, afinal, ela era especialista em debater a um - Faça isso, não faça aquilo; E a governanta começou a passar noites e noites sem dormir. Sua vida tinha sido tão agitada! Tão longa! Solitária com tanta gente á volta. Será que com uma pessoa normal, que falasse de planos futuros, do por do sol, de árvores (ainda existem árvores?) ela daria certo? Adeus cotação de dolar, previsões orçamentárias, rentabilidade a curto prazo. Quero ver as ondas do mar, claro, com menos sujeira, mas mesmo assim eu quero ver! E o email alí, esperando sua resposta, que ela sabia, mudaria sua vida, que já fora mudada tantas vezes, mas desta vez para melhor. De novo, o melhor! Era preciso pensar bem e pensar muito. O melhor as vezes é um espelho sem reflexo, e ela já não tinha idade para errar.
Ela era apenas uma poeta sem eira nem beira, buscando um lugar ao sol ou mesmo entre as estrelas literárias. Queria deixar de ser anônima, a qualquer custo vencer, brilhar, e assim deixar seu nome na história, mesmo sendo uma poeta brasileira. Sem incentivo, sem livro debaixo do braço; apenas tinha o sonho como um todo. O de ser escritora; e não bastava poesias, leia também filosofias. Era uma alma em busca de algo maior... viver desse sonho. Poetas, escritores, filosofos, pensadores e inconformados. Todos os geradores de ilusões. Que despertam no leitor a doce sensa,ào de liberdade, em tempo recorde, num vôo para o infinito. Numa mesa posta; composta: Cecilia, Raquel, Fernando, Mario e Eu.
Nada mais, nada menos do que ainda grandes sonhos, mudar o mundo não é apenas mudar o mundo, e sim, talvez mudar as pessoas, pois o mundo em si são elas, e não é brigando e sendo infeliz que iremos mudar alguma coisa, é certo que ás vezes parece que pensamos difernte do resto do mundo,e que estamos só em meio a tanta gente. Então foi aí que tudo mudou,como se uma força positiva envadice o seu corpo e sua mente e a fizesse pensar de forma difernte, já não queria mais mudar o mundo e sim, transformá-lo em um mundo melhor, através do amor e da soliedariedade, resolveu abraçar causas sociais, e assim fazendo bem para as outras pessoas, não conseguiu mudar o mundo, mas melhorou boa parte dele e passou a ser uma pessoa mais feliz.
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