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Políticas públicas no tratamento do dependente químico.

Em agosto de 2006 efetivou-se o Sistema Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas, e é através dele que todo o processo de tratamento ao dependente químico efetuado por organismos governamentais deve ser baseado. Este sistema prescreve medidas e leis para a prevenção do uso, reinserção dos usuários e repressão à produção de drogas ilícitas. Embora trate mais minuciosamente sobre a prevenção e repressão, é possível identificar uma série de prescrições a respeito da reinserção dos usuários no seio da sociedade reconhecidamente saudável.

Podemos encontrar em diversos pontos deste sistema, menções à reinserção social dos dependentes de drogas. E não somente em relação a eles, mas também aos seus familiares, que, embora não drogados são parceiros dolorosos desta dependência, e merecem o apoio visando a melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos e danos a que são expostos por conta desta realidade em que estão inseridos. As políticas públicas devem esforçarem-se em reintegrar drogados e familiares nas redes sociais saudáveis. O tratamento terapêutico ao dependente deve ser efetivo e ágil com a finalidade de reintegração social no mais breve curso de tempo.

É verdadeiro afirmar que as redes de saúde governamentais sofrem com a carência de recursos financeiros, materiais e humanos para prosseguir com seu trabalho humanitário, mas há de se ter em mente que tudo é transitório, e todo este esforço em meio aos escassos recursos certamente servirão de espelho para as novas gerações que virão em condições econômicas e sociais superiores as em que vivemos atualmente, que já são superiores àquelas vividas num passado não tão distante.

Instituições da sociedade civil, vêem atuando cada vez mais fortemente também neste setor da sociedade, o que é um grande reforço para o sistema público de saúde. Hoje, elas recebem apoio governamental, e tendem a se expandir rapidamente, transformando-se em artéria principal deste organismo de recuperação destas pessoas adoecidas, que por muito tempo foram tratadas como bandidas.

Autor: Arnold Gonçalves


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