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A vinda do Barack Obama e os interesses.

A vinda de Barack Obama ao Brasil tem uma leitura clara. Os Estados Unidos sempre foram os principais parceiros comerciais do Brasil; e NÃO entenda vice e versa. Sem contar a parceria de "inteligência", mas esta é uma história ainda muito pouco revelada. Esta parceria teve um período de estagnação durante o governo FHC, e uma acentuada queda durante o governo de Lula. A queda foi tão brutal, que acabaram perdendo o posto de principal parceiro comercial para a China, e de "inteligência" para sabe-se lá quem.

O governo norte-americano já sabia de cor e salteado o pensamento Lulista, o que não lhes davam muita margem para recuperar espaço de poder, mas o Brasil agora conta com um novo e até inusitado governo. A pergunta natural é... O que pensa e deseja Dilma no poder? Nada como uma visita para desvendar estes e outros mistérios que acabaram se formando no Brasil durante a era Lula. Eles vieram para defender o que sempre lhes pertenceram. Não pretendem deixar um país com as dimensões do Brasil fugir por completo de seu controle.

É interessante como Obama vem sendo desenhado como um líder carismático mundial. O discurso preparado para fazer no Brasil é com a postura de um presidente sobre o presidente. É como se Dilma ficasse posicionada como uma governadora do Brasil, parte de um governo maior, comandado por Barack Obama. Talvez sempre tenha sido assim na prática, mas é uma atitude ousada que os norte-americanos tentam aplicar na atualidade.

Somente o tempo irá dizer os reflexos dessa visita. Nem nós mesmos sabemos o que pensa de verdade a nossa presidenta. No pouco tempo em que ela está no poder, vem mostrando uma série de diferenças de postura em relação a adotada por Lula, particularmente no que se refere às relações internacionais. Ao que parece, parceiros que ganharam espaço durante a era Lula, tendem a ter maior dificuldade em se relacionar com o Brasil de Dilma; e outros, inclusive os Estados Unidos, tendem a ganhar ou recuperar espaço. Vejo uma Dilma mais simpática aos Estados Unidos do que seu antecessor.

Autor: Arnold Gonçalves


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